Está em moda nesta corrida contra o Covid-19, o uso da palavra empatia. Leio textos e ouço e vejo pela TV as mais estapafúrdias tentativas de uso correto da palavra e aplicação da mesma em mensagens escritas e faladas.
Empatia quer dizer capacidade psicológica de uma pessoa em sentir ou o que sentiria outra pessoa na mesma situação vivenciada pelo interlocutor. É a tentativa de compreender sentimentos e emoções que o próximo ou próximos estão vivendo. É, sinteticamente, a pessoa se colocar no lugar da outra ao se discutir ou defender uma opinião ou situação.
A empatia está ligada de forma direta ao altruísmo, ao interesse pelo próximo e, fundamentalmente, ao propósito de tentar ajudar alguém a superar as dificuldades vividas, sem criticar ou tentar se colocar acima da outra com quem se fala. A palavra vem do grego empatheia que significa ‘paixão’. É a manifestação expressa da compreensão e ajuda a quem precisa de uma palavra de apoio, inclusive no que diz respeito aos princípios morais.
Uma pessoa empática é capaz de se identificar com o próximo na tentativa de minimizar as tristezas e momentos difíceis vividos por aquele. É saber ouvir, sem se intrometer, e oferecer o ‘ ombro’ amigo. É empática a pessoa que busca trazer de volta o sorriso no rosto de quem tem as rugas da preocupação ou da vivência de momentos difíceis. É empático aquele que não é possuidor de egoísmo, de preconceito e que deixa de lado os próprios problemas e dificuldades para tentar reerguer quem está angustiado em problemas de várias ordens que acometem todas as pessoas.
A empatia fica difícil de ser praticada entre pessoas que não se conhecem, ou que não mantêm afinidades profissionais ou mesmo familiares. O psicólogo busca trabalhar de forma técnica e constante a manifestação empática de seus clientes e vice-versa. Desenvolver a empatia é uma ferramenta importante que a psicologia deve usar em todos os seus momentos clínicos. A empatia é uma fusão entre as pessoas.
A simpatia une pessoas apenas por afinidades comuns enquanto a empatia vai mais além destas afinidades partindo para o mecanismo da compreensão real da situação vivida pelo próximo, sem humilhar nem se sobrepor como isento das mesmas dificuldades que próximo tem e que vive naquele momento. Não é ato de caridade. É um sentimento humano muito acima disto e que nada exige em troca a não ser a felicidade do próximo e seu reencontro com a vida de forma plena.
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