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segunda-feira, 30 de maio de 2022

A FAMÍLIA



A palavra família nasceu do latim “famulus” que nos define um agrupamento humano formado por mais de uma pessoa, com ancestrais comuns e ligações afetivas fortes, mesmo em algumas crises de relacionamento, que vivem ou não sob o mesmo teto. A família é, sem dúvida, e segundo todas as linhas filosóficas do homem, o pilar da sociedade humana. Na família ou nas famílias, existe, sempre um grau de parentesco, sendo que o tempo não interfere na história da família, apenas fazendo parte dele, com raízes no mesmo DNA, sendo infindável, inclusive par fins de genética e ate financeiramente falando, pelas linha da herança, inclusive de títulos de nobreza. Hoje, juridicamente, existe a figura da família substituta, apenas com caráter transitório. No Direito Romano passou a constituir a família, os pais, vindos de famílias diferentes, e depois os filhos, netos e outros graus na sucessão natural. Duas famílias passavam, pelo casamento, a constituir apenas uma família, daí o conceito de família real, num estado monárquico. Famílias são agregações familiares onde a questão da proteção mútua deve estar presente na linha do tempo. A grande função da família assenta-se no aspecto da sociabilidade e da socialização, onde se instalam e se desenvolvem sistema de valores, crenças e atitudes de saúde, em elevada percentagem.

Temos registros de sepultura descoberta na Austrália, de corpos de quatro corpos, identificados como uma mãe, um pai e dois filhos de 8 e 9 anos, ou 4 e 5 anos, com uma idade de 4.600 anos, que passou a constar na lista científica como o mais antigo registro genético molecular indicando, já naquele tempo, um agrupamento familiar. Define-se como função principal da família a presença de uma estrutura de reprodução de pessoas de um mesmo perfil biológico e social. Formalmente, o casamento, resultante de duas pessoas de famílias diferentes, faz nascer a família onde a educação e o aspecto econômico, são bases dentro de uma estrutura familiar economicamente produtiva. Naturalmente família é definida e entendida como um lar, o que nem sempre acontece, visto que seus membros podem habitar lugares totalmente diferentes. Para uma criança, o lar ou a família unida, é o grande patamar de seu futuro dentro do agrupamento humano onde vive, onde talvez perdure, ou viva, por toda uma existência.

A ausência de um dos cônjuges na família, preferentemente da figura materna, por qualquer que seja a razão, reflete na vida dos filhos de forma desastrosa e sob vários aspectos, tanto nos tempos atuais como também na linha antiga do tempo. A união familiar, mesmo com algumas crises que ocorrem durante a vida social do agrupamento humano, é geradora do fator afeto, imprescindível para a existência de uma família.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

A ALEGRIA


A  ALEGRIA  


Vinda do latim, “alacritas” ou “alacer” a palavra alegria nos indicum estado de satisfação interior, um contentamento que demonstra estar a pessoa de bem com a vida sendo oposto da tristeza. Tanto uma como a outra, a alegria e a tristeza, são palavras que contagiam as pessoas ou grupos sendo um poderoso sentimento que faz parte dos seres humanos e animais. Há pessoas que são alegres mesmo nos momentos difíceis que vivenciam no transcorrer das obrigações pessoais, profissionais e comunitárias. A alegria é, também, um forte sentimento que pode interferir na saúde da pessoa e no seio familiar. A magia da alegria é originária do hormônio dopamina. O estado alegre gera a endorfina, grande geradora do bem estar físico e emocional da pessoa, sendo um grande lenitivo da dor.Os psicólogos relatam que a alegria é um estado físico que induz a pessoa a aceitar mudanças na vida. 

O afeto e o entusiasmo são alicerces da alegria e geram com frequência a autoconfiança. Outro fator que facilita a presença da alegria é a religiosidade que pode induzir a fatores de libertação pessoal e desperta a certeza na pessoa de que, seus anjos e protetores espirituais, lhe dão a sustentação necessária para gerar alegria, mesmo em momentos difíceis. O sentimento de alegria facilita a criatividade. A tristeza pode agir da mesma forma onde a pessoa busca, na criatividade, dissipar a tristeza e substituí-la pela alegria. Tanto a alegria como a tristeza são sentimentos inerentes aos seres vivos que podem ostentar os dois ao mesmo tempo em variações e graus conforme o tempo e a atividade desenvolvida e o meio onde vive a pessoas.

Ressalte-se que a alegria é diferente da felicidade que é um estado de espírito e a alegria é um demonstrativo de um sentimento.
Há quem compare uma pessoa feliz com uma pessoa alegre, sendo certo que a alegria tem duração menor do que a felicidade e pode ser modificada de um segundo para outro. Uma pessoa alegre não exige que ela seja feliz e o inverso é verdadeiro, pois, o ser humano é dotado de emoções que variam de conformidade com uma enorme gama de situações, inclusive coisas simples como quando chove ou faz frio. A palavra alegria tem uma infinidade de sinônimos e é usada variando de pessoa para pessoa, de família para família podendo ser substituída por contentamento, júbilo, prazer, regozijo e até satisfação. 
O sorriso ou uma gargalhada são as demonstrações físicas da alegria.



Prof. Dr. Antonio Caprio – Tanabi


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segunda-feira, 16 de maio de 2022

A FELICIDADE

 



A FELICIDADE 

As pessoas,  desde quando aprenderam  a andar sobre duas pernas, buscam a felicidade. Há pessoas felizes com pouco e com muito e há os que são felizes com quase nada e com quase tudo, e o inverso é verdadeiro. Nossos dicionários nos dizem que ser feliz é quando se tem a percepção de um conjunto de sentimentos prazerosos. Ainda nos dizem os dicionários que a felicidade é um estado durável de plenitude. Durável porque a felicidade é efêmera, visto que sua duração muitas vezes nem é percebida em razão de nossa ansiedade que nunca tem fim. A felicidade exige três polos: o equilíbrio físico, psíquico e comunitário, visto que não há uma só pessoa no planeta que seja feliz sozinha. Some-se a estes três polos a felicidade religiosa.  O ser humano precisa estar bem com seus santos, seus deuses ou mesmo com Deus. Se de bem com estes elementos instala-se a paz interior e com ela, por consequência, a felicidade.  O dinheiro pode até ser primordial, mas não é essencial. A felicidade pode ser estudada no campo da Psicologia, da Filosofia ou da religiosidade. É possível que o mais complexo sentimento humano seja a felicidade.

Os antigos gregos já pensavam na felicidade como um sentimento humano básico que se encaixava no estudo da ética. Davam-lhe o nome de eudaimonia, nascida da união de “eu”( bom) e “daimon”(espírito).  Os filósofos chamavam a felicidade de prazer. Definir felicidade ou lhe conferir mensuração é uma tarefa das mais difíceis, visto que a felicidade é um sentimento de uma intimidade mais que profunda e complexa diante da instabilidade emocional, social, profissional, familiar  e pessoal do ser humano. Sidarta Gautama, o Buda, no século VI a.C. tratava a felicidade como tema central de sua filosofia religiosa. Entendia ele que a felicidade é a libertação do sofrimento.  Zoroastro via a felicidade como uma luta permanente entre o bem e o mal. Lao Tsé dizia que o homem só alcançava a felicidade  se mantivesse  plena harmonia com a natureza. Dalai Lama Tenzin  Gyatso, afirma que a felicidade só é alcançada com um estado mental em pleno equilíbrio. Mahavira, um filósofo indiano, entende que a não violência, de qualquer forma ou intensidade, é fator básico para se atingir a felicidade plena.

Voltando na linha do tempo, vemos Aristóteles afirmando que a felicidade é uma atividade de acordo com o que há de melhor no homem. Continua dizendo que a felicidade é uma atividade da alma e é a rainha das virtudes humanas. Afirmava de forma pública que um homem feliz é um homem virtuoso. Epicuro dizia que a melhor maneira de se alcançar a felicidade e através da satisfação dos desejos de uma forma equilibrada, que não perturbe a tranquilidade do indivíduo em do próximo.

 Hoje, ser feliz é aquele que tem autoestima e uma boa qualidade de vida.

O SAMBA

 O SAMBA 



Vivendo a época do samba, onde a ordem geral é o carnaval, é interessante que conheçamos um pouco sobre este ritmo que contagia e faz bater o pé e mover as ‘ancas’ mesmo para aqueles que não vêm na música atrativos de movimentos ou remelexo do corpo. Estudiosos do assunto “samba” afirmam que sua origem vem lá dos batuques africanos aqui chegados ao Brasil, por volta dos anos 1860, que na verdade expressavam algum tipo religioso de cada grupo escravizado e que dissimulavam seus credos e deuses  por meio da música, que, sem dúvida, causou agrados aos portugueses aqui residentes e chegados. Grupos dizem que a sede do samba no Brasil foi na Bahia; outros afirmam que foi no Rio de Janeiro por volta da década de 1920. Interessante que  quem fosse pego dando ‘ passinhos’ de samba, lá e cá,  iam direto para o xadrez( eram malandros). Mesmo assim, na década de 40, fez o maior sucesso um ‘sambinha’ em homenagem ao caudilho Getúlio Vargas. ( Deixa o velhinho trabalhar). É bem possível que a partir daí  o samba ganhou força no pé e, entre os brancos, deixou  de ser contravenção.

O samba, com seus inúmeros instrumentos de execução como  pandeiro, a flauta, tornando o samba numa orquestra,  o violão, a alma do seresteiro,  a cuíca, que imprime uma espécie de choro ao samba, o lamento de um amor frustrado,  o surdo, que imprime à música a pulsação, sendo o verdadeiro coração-do-samba, o reco-reco, um coração quase parando, o prato, presente nas grandes orquestras, o samba-de-breque, ou sincopado, e aconteceu o milagre da miscigenação entre a música africana, a europeia, a campeira, a orquestrada e dominante nas rodas chiques do Brasil Império e do Brasil das favelas ou como se diz hoje, das comunidades.

Na década de 30, com o surgimento das primeiras escolas de samba e de carnaval no Rio de Janeiro, nasceu o samba-enredo, com músicas que contavam pequenas histórias da própria escola e depois da década de 80, o samba-enredo passou a contar a história do Brasil, tornando-se tema oficial do carnaval em todo o país com monumentais caros alegóricos alusivos aos temas tratados e espetaculares carnavalescos, verdadeiros contadores da história brasileira, transformando o carnaval numa espetacular fábrica de sonhos e grande indústria do carnaval e sambistas. Vertentes como a bossa-nova , o pagode o samba-canção, o  samba tornou-se o símbolo da identidade nacional brasileira e alcançou todas as classes integrantes da musicalidade do país e, certamente, de todo o mundo musical.

Prof. Dr. Antonio Caprio – Tanabi – historiador.

O SER HUMANO

 


A linha do tempo com relação à vida humana no planeta Terra é complexa em grau bastante  elevado e composta de um altíssimos significados e interpretações que, mesmo à luz, que a cada momento, se torna mais e mais difícil de se aproximar de uma simples compreensão. A complexidade se tornou mais e mais interessante quando, em outubro da Ciência, não é fácil de se montar uma linha de entendimento e conduta inteligível, em especial no que diz respeito à origem e evolução. Entra neste complexo a religiosidade, tornando o processo de compreensão muito mais difícil de se chegar a uma conclusão de 2021, o planeta alcançou cerca de 7,9 bilhões de pessoas onívoras, qual seja, se alimentam de todos os tipos de alimentos, são inteligentes, capazes de armazenar uma cultura de alto nível, dotados de um complexo sistema de memória, de um elevadíssimo sistema neural, especialista no uso e construção de ferramentas, construtor de máquinas que impressionam pela tecnologia, e já consegue orbitar o planeta e ‘velejar’ pelo espaço sideral alcançando distâncias que causam espanto ao homem comum.

O Homo sapiens surgiu conforme estudos, no planeta, há cerca de 300 mil anos na África. Várias foram as espécies que conviveram entre si e, paulatinamente, foram desaparecendo conforme as dificuldades do meio ambiente, alimentação, disputas de várias ordens e a Eurásia e a Oceania  puderam receber a raça humana há cerca de 40 mil anos e as Américas há cerca de 10 mil  anos. Um dos elos perdidos, segundo pesquisa de 2003,  Homo sapiens idaltu, tem registros fósseis na África, portanto, tal estudo de origem humana ainda está com novos elementos em estudos. Destaque-se que a carga genética de DNA dos chimpanzés variam de 95%, numa linha de tempo de cinco milhões de anos e o gorila, com cerca de sete milhões de anos e na base de  99%. As formas  da seleção natural continuam atuantes e indicam presenças nos últimos 15 mil anos.

A grande adaptação da espécie pré-humana e pós humana foi a locomoção arborícola e semiarborícola o que resultou no andar bípede. Simultaneamente a capacidade cerebral cresceu chegando a 1.400 cm3.O próximo passo para a evolução aconteceu com a agricultura. O homem primitivo, nômade   já não precisava, estacionar próximos a rios e terrenos produtivos de algum tipo de alimentos( raízes, cascas, frutos, sementes, etc.). Isto abriu chances de se criar cidades proto-estados que floresceram com algum tipo de organização política e social.

O século XX fez nascer a tecnologia e o florescimento das Ciências, das Artes, de Tecnologia  e carregando como consequências graves a questão da poluição, de destruição e aquecimento ambiental, do uso indevido  do átomo, a extinção de espécies vegetais e animais, colocando em risco a própria existência da vida no planeta.  Grande parte dos seres humanos vivem na Ásia(63%); África(15,2%); Américas(13,6%);Europa(10,5%); e Oceania(0,5%). Desde 1800 a população humana aumentou de um a mais de 7 bilhões de indivíduos, onde 6,3 bilhões de pessoas(39,7) vivem em regiões urbanas A educação, o  conhecimento humano, a falta de trabalho  e o aumento da fome são fatos que assolam e tornam mais complexos os problemas humanos na atualidade.

Prof. Dr. Antonio Caprio - Biólogo. Tanabi.

MILAGRE

 


A expressão ‘milagre’ é tão velha quando a própria língua humana. Tem seu nascedouro no latim ‘miraculum’, do verbo mirare, que expressa maravilhar-se. Sua base é um fato considerado extraordinário, fora do comum, inexplicável à luz da própria Ciência ou inexplicável pelos sentidos humanos. Alguns definem milagre como a violação das leis naturais que regem o cotidiano no planeta Terra. Os Teístas atribuem o milagre a uma ação da omnipotência divina com a intervenção direta de Deus ou deuses no transcorrer de determinado tempo ou grupo social. O fato do merecimento do milagre é outro assunto complexo que deixa muita coisa a explicar, se é que explica.

São ‘ merecedores’ de milagres adeptos de determinadas seitas e mais modernamente religiões, seja por mérito moral ou mesmo de fé. Não adeptos a estes grupos não tem direito a milagres. A Ciência não atesta nem oficializa milagres, embora haja uma legislação específica no Direito Canônico que trate do assunto no tocante à beatificação ou santificação de determinado membro da Igreja Católica, em especial. Tais processos são, por incrível que possa parecer aceitos por um grande número de pessoas e entidades e religiões diversas, dedicando, inclusive, determinado dia a um ou mais ‘santos’, até com festas especiais.   Alguns nem sofreram processos beatificatórios nem santificatórios e são tratados por santos apenas por tradição, festejados, até, por meio de colônias de imigrantes ou migrantes  que se radicaram ou se radicam num determinado país.

No passado o milagre era tema comum em teatros e óperas de fundo religioso, onde anjos, homens e demônios se misturavam de forma natural e, juntos, configuravam o ‘milagre’. A Igreja Católica assimilou muitos destes momentos na Idade Média e a Inquisição fez história sobre o tema bruxas. Ainda hoje os três elementos fazem parte, em número bastante significativo, da literatura mundial.   

O milagre exige investigação racional do próprio Universo. Exige métodos rígidos e, além de longos, os processo prezam a verdade como base e não se adequam ao ‘ouvi dizer’. Além disto,  o  milagre também exige um  corpo  organizado  de conhecimentos  que tem  como nascedouros profundos estudos e pesquisas. Muitos processos se perderam na linha do tempo exatamente porque, de verdade real, pouco tinham, a não ser uma coleção de ‘achômetros’ mais para o lado da lenda do que pela realidade científica do fatos.

Como todo ser humano é dotado de um cérebro altamente imaginativo que tem como sentimento maior as emoções, o milagre continua a  acontecer.

Prof. Dr. Antonio Caprio – Bíólogo – Tanabi

SORTE E DESTINO

 


A palavra  coragem é nascida do latim coraticum, presente constante na língua francesa (corages) é considerada uma virtude e representa a capacidade que uma pessoa ou animal tem de agir, mesmo ostentando medo, temor, em especial diante de uma intimidação. Não quer dizer que ter coragem implica na ausência do medo. Não ter coragem também não quer dizer covardia, visto que um ato de coragem pode implicar na perda da vida do ‘ corajoso ou do covarde’. Uma pessoa ou animal pode ir muito além do esperado quando motivado por coragem ou pela covardia. Ter coragem é ter confiança diante de momentos difíceis e esta virtude leva o homem, em especial, a enfrentar as vicissitudes da vida, vencendo barreiras e combatendo momentos tenebrosos que a vida impõe ao indivíduo ou mesmo um grupo de pessoas agindo por força de um projeto comum.

Platão, ao tratar da questão coragem, afirma que esta é o uso da razão a despeito do prazer, da razão e da dor. Continua afirmando que ter coragem é ter coerência com os princípios que norteiam a vida do ser. Os animais, até mais do que o homem, demonstram coragem em especial devido a seus instintos primitivos e por necessidade da própria sobrevivência ou da prole. Uma galinha enfrenta o homem de forma firme quando seus filhotes correm perigo. Um pássaro, mesmo pequenino, enfrenta o gavião todo poderoso, mesmo sabendo que pode morrer. A sobrevivência faz despertar a coragem e fala muito mais alto do que a própria vida. Nos seres humanos há uma similitude de ações, pesando muito a forma como foi educado e que tipo de religiosidade o impulsiona na vida. Ter coragem é o mesmo que agir com o coração e esta pode ser física, corporal e criativa.

No reino animal, apesar da consideração clássica de que os animais são irracionais, há muita coragem neles, notadamente quando saem de seus refúgios em busca de alimentos, não só para si como para os filhotes, sabendo dos perigos que irão, por certo, correrem. Ter coragem é deixar para trás o medo, a dor física, a morte, o fracasso, o medo às críticas, venham de onde vierem e com as forças que forem. A coragem dá ao ser vivo a força necessária para ultrapassar seus próprios limites e levar adiante a  uma ação. Ser corajoso na prática do bem é especial para a própria existência do ser humano. Ter firmeza diante de dificuldades catapulta o sentimento de utilidade social, familiar, profissional, política e de outras naturezas próprias do ser humano. É de uma grandeza incomensurável quando o ser abre mão de um benefício pessoal para agir em favor de outros em situações  mais difíceis  ou da própria comunidade. Grandes heróis constam de nossa história humana com esta capacidade de agir em favor da sociedade como um todo. A fé é a mola propulsora da coragem. Ter coragem, é ter a certeza de que, além da linha do horizonte, há terra firme e não aceite parar de remar.

Tanabi.

Prof. Dr. Antonio Caprio ( pesquisador)

CORAGEM

 


A palavra  coragem é nascida do latim coraticum, presente constante na língua francesa (corages) é considerada uma virtude e representa a capacidade que uma pessoa ou animal tem de agir, mesmo ostentando medo, temor, em especial diante de uma intimidação. Não quer dizer que ter coragem implica na ausência do medo. Não ter coragem também não quer dizer covardia, visto que um ato de coragem pode implicar na perda da vida do ‘ corajoso ou do covarde’. Uma pessoa ou animal pode ir muito além do esperado quando motivado por coragem ou pela covardia. Ter coragem é ter confiança diante de momentos difíceis e esta virtude leva o homem, em especial, a enfrentar as vicissitudes da vida, vencendo barreiras e combatendo momentos tenebrosos que a vida impõe ao indivíduo ou mesmo um grupo de pessoas agindo por força de um projeto comum.

Platão, ao tratar da questão coragem, afirma que esta é o uso da razão a despeito do prazer, da razão e da dor. Continua afirmando que ter coragem é ter coerência com os princípios que norteiam a vida do ser. Os animais, até mais do que o homem, demonstram coragem em especial devido a seus instintos primitivos e por necessidade da própria sobrevivência ou da prole. Uma galinha enfrenta o homem de forma firme quando seus filhotes correm perigo. Um pássaro, mesmo pequenino, enfrenta o gavião todo poderoso, mesmo sabendo que pode morrer. A sobrevivência faz despertar a coragem e fala muito mais alto do que a própria vida. Nos seres humanos há uma similitude de ações, pesando muito a forma como foi educado e que tipo de religiosidade o impulsiona na vida. Ter coragem é o mesmo que agir com o coração e esta pode ser física, corporal e criativa.

No reino animal, apesar da consideração clássica de que os animais são irracionais, há muita coragem neles, notadamente quando saem de seus refúgios em busca de alimentos, não só para si como para os filhotes, sabendo dos perigos que irão, por certo, correrem. Ter coragem é deixar para trás o medo, a dor física, a morte, o fracasso, o medo às críticas, venham de onde vierem e com as forças que forem. A coragem dá ao ser vivo a força necessária para ultrapassar seus próprios limites e levar adiante a  uma ação. Ser corajoso na prática do bem é especial para a própria existência do ser humano. Ter firmeza diante de dificuldades catapulta o sentimento de utilidade social, familiar, profissional, política e de outras naturezas próprias do ser humano. É de uma grandeza incomensurável quando o ser abre mão de um benefício pessoal para agir em favor de outros em situações  mais difíceis  ou da própria comunidade. Grandes heróis constam de nossa história humana com esta capacidade de agir em favor da sociedade como um todo. A fé é a mola propulsora da coragem. Ter coragem, é ter a certeza de que, além da linha do horizonte, há terra firme e não aceite parar de remar.

Tanabi.

Prof. Dr. Antonio Caprio ( pesquisador)