As pessoas, desde quando aprenderam a andar sobre duas pernas, buscam a felicidade. Há pessoas felizes com pouco e com muito e há os que são felizes com quase nada e com quase tudo, e o inverso é verdadeiro. Nossos dicionários nos dizem que ser feliz é quando se tem a percepção de um conjunto de sentimentos prazerosos. Ainda nos dizem os dicionários que a felicidade é um estado durável de plenitude. Durável porque a felicidade é efêmera, visto que sua duração muitas vezes nem é percebida em razão de nossa ansiedade que nunca tem fim. A felicidade exige três polos: o equilíbrio físico, psíquico e comunitário, visto que não há uma só pessoa no planeta que seja feliz sozinha. Some-se a estes três polos a felicidade religiosa. O ser humano precisa estar bem com seus santos, seus deuses ou mesmo com Deus. Se de bem com estes elementos instala-se a paz interior e com ela, por consequência, a felicidade. O dinheiro pode até ser primordial, mas não é essencial. A felicidade pode ser estudada no campo da Psicologia, da Filosofia ou da religiosidade. É possível que o mais complexo sentimento humano seja a felicidade.
Os antigos gregos já pensavam na felicidade como um sentimento humano básico que se encaixava no estudo da ética. Davam-lhe o nome de eudaimonia, nascida da união de “eu”( bom) e “daimon”(espírito). Os filósofos chamavam a felicidade de prazer. Definir felicidade ou lhe conferir mensuração é uma tarefa das mais difíceis, visto que a felicidade é um sentimento de uma intimidade mais que profunda e complexa diante da instabilidade emocional, social, profissional, familiar e pessoal do ser humano. Sidarta Gautama, o Buda, no século VI a.C. tratava a felicidade como tema central de sua filosofia religiosa. Entendia ele que a felicidade é a libertação do sofrimento. Zoroastro via a felicidade como uma luta permanente entre o bem e o mal. Lao Tsé dizia que o homem só alcançava a felicidade se mantivesse plena harmonia com a natureza. Dalai Lama Tenzin Gyatso, afirma que a felicidade só é alcançada com um estado mental em pleno equilíbrio. Mahavira, um filósofo indiano, entende que a não violência, de qualquer forma ou intensidade, é fator básico para se atingir a felicidade plena.
Voltando na linha do tempo, vemos Aristóteles afirmando que a felicidade é uma atividade de acordo com o que há de melhor no homem. Continua dizendo que a felicidade é uma atividade da alma e é a rainha das virtudes humanas. Afirmava de forma pública que um homem feliz é um homem virtuoso. Epicuro dizia que a melhor maneira de se alcançar a felicidade e através da satisfação dos desejos de uma forma equilibrada, que não perturbe a tranquilidade do indivíduo em do próximo.
Hoje, ser feliz é aquele que tem autoestima e uma boa qualidade de vida.
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