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quarta-feira, 13 de novembro de 2024
A REPÚBLICA FOI UM BOM NEGÓCIO?
O Império Brasileiro se exauriu em 15 de novembro de 1889. A corrupção estava corroendo o sistema monárquico brasileiro, apesar de ser o Imperador D.Pedro II a grande reserva moral do Império. Sua saúde era inspiradora de cuidados especiais. Era geral o descontentamento dos grandes fazendeiros, em especial pela libertação dos escravos e estes eram os pilares de sustentação do II Império, tal e qual os Hebreus no antigo Egito. Os antigos escravos, pós Lei Áurea, perambulavam pelas cidades e estradas causando enormes crises sociais e gerando expressiva pobreza. O exército já não obedecia totalmente às ordens do Imperador, enfraquecido com as ideias republicanas disseminadas pelos jovens que estudavam na Europa e pela proibição imperial proibindo manifestações por parte de membros do exército em favor da República. A imprensa motivava a classe média, os liberais, e a população mais esclarecida em favor da mudança do sistema de governo. A Igreja se mostrava hostil ao Império e sermões em favor da República eram repetidos nos púlpitos de várias cidades brasileiras, principalmente nos grandes centros urbanos.
Os setores mais progressistas desejavam mudanças radicais. Era grande o movimento contra o analfabetismo e em favor do voto censitário e da educação para todos. A população ansiava por Justiça Social. A miséria grassava de forma assustadora. A Guerra do Paraguai acelerou a crise econômica, em razão de vultosos empréstimos feitos junto a bancos ingleses aprofundando de forma drástica e perigosamente a dívida externa, já alta. O Positivismo, de Augusto Comte, surgido na França no século XIX, ganhava, dia-a-dia, mais adeptos e nomes de peso entre os militares, estudantes, intelectuais, comerciantes, artistas, profissionais liberais e até membros do alto clero brasileiro e da política.
Rebelião entre vários setores do exército forçou o Imperador a demitir o Conselho de Ministros e seu presidente. Foi o estopim e o militar mais graduado do Rio de Janeiro, e mesmo contra sua vontade, Marechal Deodoro da Fonseca, assinou manifesto pelo fim do Império instituindo a República no Brasil. Era o dia 15 de novembro de 1889, quando o Império completava 67 anos no poder. Em dias de enorme tumulto social e político, no dia 18 de novembro a família imperial partiu para o exílio rumo à Europa. Por decreto elaborado pelo jurista Rui Barbosa, a partir de então, o Brasil seria governado por um presidente eleito pelo povo, e não mais um soberano vitalício.
Nasceu, entre muitas improvisações, a República, que durou, num primeiro momento, de 1889 a 1894, com Deodoro exercendo o papel de Presidente num governo provisório e frágil. Por razões de saúde e muita intriga política, em 1891 foi forçado a renunciar ao cargo, assumindo o vice, Marechal Floriano Peixoto, que não aceitava ser vice, intensificando a já forte repressão contra os apoiadores da monarquia. Foi implacável contra os imperialistas, que eram muitos. Seguiu-se um período com mortes e perseguições que deram nome a seu governo de República da Espada. Também em 1891, é outorgada a primeira Constituição Brasileira, instituindo o voto universal para os cidadãos, ficando as mulheres, os analfabetos e os militares de baixa patente, fora do rol. A nascente República atendia plenamente aos interesses da elite agrária do país, forma de garantir o poder e a república. A nova bandeira brasileira foi oficializada no dia 19 de novembro de 1889 e hasteada ao meio dia pela primeira vez no país. O Brasão Imperial foi substituído pelo losango em cor ouro, o céu de 15 de novembro de 1889, onde cada estrela representava e representa um estado e a faixa “Ordem e Progresso”, firmada com base no Positivismo Brasileiro, de Augusto Comte, liderado então por Benjamim Constant. Desde o advento da República o país nunca mais teve paz política. A ‘Senhora República’ completa neste ano de 2024, exatamente cento e trinta e cinco anos(135) e, não vai nada bem das pernas e nem o sistema político acha o caminho ideal, onde o fisiologismo dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário tornam o sistema cada dia mais vulnerável. Propalam diminuir despesas, menos as deles, que aumentam dia-a-dia.
Será que valeu a pena implantar a República no Brasil?
Prof.Dr.Antonio Caprio –Tanabi.- nov/2024- Ex-presidente do IHGG-Rio Preto e atual Diretor-Conselheiro.
segunda-feira, 28 de outubro de 2024
PÉROLAS E O JOGO DA VIDA
* Abraham Lincoln afirmava que sempre que houver um conflito entre direitos humanos e os direitos de propriedade, devem prevalecer os direitos humanos.
Errou feio.
* Diógenes, em seu refúgio, bradava: Nenhum homem é suficientemente bom para governar outros sem o consentimento destes últimos.
Votar será isto?
* O sociólogo prega que em muitas circunstâncias a imagem que você projeta é muito mais valiosa do que suas habilidades ou seus registros de realizações passadas.
Gol de placa.
* Santo Agostinho pensava que a riqueza não é necessariamente uma maldição nem a pobreza uma benção.
Lá vem o camelo e a agulha.
* Platão bradava ao vento que a educação consiste em dar ao corpo e à alma toda a beleza que o ser humano educador é capaz de dar.
Gol de bicicleta.
* Herbert Spencer acreditava que a educação é a formação do caráter.
Esqueceu de outras qualidades.
* Teilhard de Chardin defendia a ideia de que o homem, através do poder de refletir, é o único animal capaz de olhar para si mesmo e ter consciência dos seus próprios conhecimento, das suas limitações e das suas potencialidades.
Gol de impedimento.
* Sócrates, o mais sensato, se deu bem no jogo ao dizer: sei que nada sei.....
Pulou fora
* Santo Agostinho bradava que sem disciplina e controle não há progresso para o homem.
Apito final.
* Santo Tomás de Aquino, dizia que a busca pela perfeição caracteriza o comportamento das pessoas normais.
Na arquibancada.
* Voltaire Com toda razão, afirmou que não concordava com nenhuma de tuas palavras, mas defenderia até a morte o teu direito de dizê-las.
Bandeirinha politicamente correto.
* Rosseau gritava, observando o mar, que o homem nasce bom, mas a civilização o corrompe.
Então não era bom.
* Jesus pregava à multidão: bem-aventurados os que têm fome e sede de Justiça.
E deu peixe e pão para eles.
* Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos.
Será?
Fim do jogo.
Prof. Dr. Antonio Caprio - out/2024. Tanabi.
segunda-feira, 23 de setembro de 2024
POR QUE VOTAR?
Numa análise rápida e simples, percebe-se que o voto popular é uma ferramenta que interfere de forma direta na vida do cidadão, do município, do estado e do país. É impressionante como este instrumento é poderoso, interferindo no presente e no futuro do cidadão, escrevendo o seu passado.
O homem nem sempre pôde escolher livremente seus líderes sendo esta escolha uma das reivindicações mais antigas e importantes na vida humana. A mulher nem sempre votou, por várias razões, e só em 1893, na Nova Zelândia, a mulher adquiriu o direito de votar. No Brasil, a mulher ganhou este direito em 1932. O último país a conceder o direito de voto à mulher foi a Suíça, na década de 70.
Os habitantes do Brasil antigo só votaram pela primeira vez nas vilas de São Vicente e São Paulo, em 1532, e ainda com muitas restrições e de várias ordens.
Escolheram, pelo voto indireto, seis representantes junto da Coroa Portuguesa. Em 1821, seguindo o Livro das Ordenações, criado em 1603, escolheram 72 representantes em toda a Colônia. Em 1822 só votavam os ricos e brancos. Em 1889, com a Lei Saraiva, o voto foi proibido aos menores de 21, aos analfabetos, aos mendigos, aos soldados rasos, aos indígenas e aos integrantes do Clero. Não tínhamos partidos políticos nem voto secreto e muito menos a Justiça Eleitoral.
Nossa primeira legislação eleitoral nasceu com a Constituição outorgada por Pedro I, em 1824. O voto era censitário, permitia-se o voto por procuração, o que gerou muitas fraudes. Em 1889, passou-se a exigir a fotografia do eleitor no título. Pouco adiantou.
Em 1891 o brasileiro elegeu pelo voto direto seu primeiro Presidente da República, o senhor Prudente de Moraes. Durante o período de 1889 a 1930 o voto de cabresto, ou seja, dirigido pelo chefe político local, imperava no território brasileiro principalmente no interior dos estados.. Em 1932 tivemos nova legislação eleitoral, e as mulheres passaram a ter direito ao voto, direito esse que realmente passaram a exercer a partir de 1945, com a queda do Estado Novo, iniciando-se a redemocratização do Brasil.
Desde 1930 o voto passou a ser secreto, digamos mais ou menos secreto. De 1937 a 1945, ficamos sem exercer o direito ao voto sob o jugo de Vargas. Com os militares no poder a partir de 1964 as eleições foram restritas só voltando em 1985, com a eleição de Tancredo Neves e a posse do vice, José Sarney. Em 1989 o direito
pleno ao voto foi restabelecido no Brasil. O voto eletrônico passou a funcionar a partir de 1996 em todo o país. Em 2012 inicia-se o sistema biométrico. Rege as atuais eleições a Lei Federal 9.504/97. Temos 35 partidos em ação e mais 73 em formação.
Como se vê, esta ferramenta foi duramente conquistada e hoje é usada com um desdém que causa espanto. É impressionante como o voto é usado nos processos eleitorais para usurpação de cargos no legislativo e no executivo, fora outros poderes e instituições.
É lamentável como ferramenta tão importante é tratada, transformando-se em forma de assunção ilegítima ao poder. É inadmissível que um presidente da república, em especial, alcance o cargo maior do país trocando votos com instrumentos medíocres que se mostram muito piores e muito mais prejudiciais que o voto de cabresto e os velhos currais eleitorais de ontem. Por todas as maneiras são induzidos os eleitores a ‘trocar’ o voto por bolsas caritativas, cimento, tijolos, dinheiro e uma lista enorme de benefícios imediatos. Com isso institui-se a pobreza tornando-a obrigatória e continuada. Votos encabrestados como antigamente, incluindo, sem disfarces, os velhos coronéis e os currais eleitorais.
A quem caberia ou cabe a conscientização do povo sobre o perfeito uso de tão importante ferramenta? O que fazer para que todos os eleitores possam entender o quão poderoso é este ato, este poder que conquistamos com tantos sacrifícios?
Creio que com o bom uso desta fantástica ferramenta nosso país poderá, realmente, exercitar a verdadeira e plena democracia e banir a corrupção, fazendo nascer, realmente, o governo do povo, para o povo e pelo povo, sem restrições.
As eleições, em nível municipal, a raiz da Democracia se aproximam. Resgate seu patriotismo e vote.
Prof. Dr. Antonio Caprio - Tanabi - ( ex-vereador, Ex-presidente da Câmara ) Analista político.
terça-feira, 17 de setembro de 2024
O BRASIL E A SECA
A seca no Brasil não é simplesmente a falta de chuvas, apesar de estarmos vivenciando a maior seca em setenta anos. O fenômeno vivido no país se alicerça em vários pilares da Natureza que são: 1) oscilações naturais como o El Nino, segundo a "Southerm Oscilation", responsável pela variação climática que causa períodos longos períodos de seca, e 2) a "Oscilação Multidecadal do Atlântico", influenciadora dos níveis de precipitação levando a mudanças climáticas oriundas do aquecimento global, fator de grande força na estiagem vivida no Brasil e parte do mundo, os quais exercem importantes papéis na mudança climática causadas pela espécie humana. Níveis de rios se alteram, a quantidade de oxigênio no ar se altera, o setor agropecuário tem alto comprometimento de suas áreas de produção e as queimadas, naturais ou causadas pelo homem, com estragos que a Natureza demora muito para se refazer ou não o fará, desastrosamente.
O alerta vermelho se anuncia em razão do aumento da temperatura da superfície do mar no Oceano Atlântico, muito acima da média natural, com sérios problemas com relação ao retardamento da chegada das chuvas, elevando ainda mais o nível das secas. O homem não controla a Natureza, mas massacra seus caminhos. Medidas urgentes devem ser adotadas por todos os níveis de governo em ação conjunta, integrada e de elevado nível, inclusive do setor privado e a própria sociedade civil que se torna numa estratégia crucial para minimizar o sério problema da seca, que gera reflexos de várias naturezas em todos os setores da atividade humana. O alerta é emitido porque em anos anteriores a seca não era de natureza territorial como está sendo em 2024.
Na região Sudeste e Centro-Oeste tudo começou com pouca chuva tornando o solo de pouca umidade com chuvas de pouca intensidade. Chegando o período de estiagem, o solo já seco, teve sua constituição com pouca ou quase nenhuma umidade, com a superfície e pequenas formações de mata, em especial o cerrado e o cerradinho, de fácil combustão gerando queimadas, e destas, incêndios de grande monta, alcançando, inclusive, matas de pequeno e grande porte. O fato alcançou a região Amazônica e norte do país. Neste ano de 2024, o Brasil todo acabou se tornando numa fogueira de enorme dimensão e com profundos estragos na Natureza.
É caótica a situação na faixa norte do Paraná, do Estado de São Paulo, Minas
Gerais e todos os estados do Centro-Oeste e Distrito Federal, bem como no interior do Nordeste, Tocantins, sul do |Paranás, Acre e Rondônia, onde há mais de 120 dias não chove. Isto repercute no preço das mercadorias e gêneros alimentícios em todos os centros produtores. É inevitável a falta de produtos normais e de qualidade, alcançados pela falta de água em seus períodos de germinação e crescimento. Só há expectativas de melhora a partir de novembro, dizem os especialistas. Só a partir de janeiro e fevereiro de 2025 é que as chuvas alcancem níveis melhores ou normais. O Sul do Brasil deverá registrar elevado nível de seca e no norte e centro-oeste, o oposto. O quadro de normalidade no Brasil, em razão de sua imensa área territorial, deverá ser o mais estranho possível e, é possível, que os pesquisadores do clima e das estações do ano tenham de repensar seriamente diante das mudanças que teremos a partir de 2025.
Prof. Dr. Antonio Caprio – Pesquisador – Tanabi- sp.
sexta-feira, 6 de setembro de 2024
SETE DE SETEMBRO NA HISTÓRIA
O principal responsável pelo doloroso processo de independência do Brasil da corte Portuguesa foi Pedro de Alcântara Francisco Antonio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon – nosso Dom Pedro, nascido em Queluz, Portugal e morto em 24 de setembro de 1834, também em Queluz, Portugal. As peças impulsionadoras do processo de independência tiveram os importantes papéis da imperatriz Dona Maria Leopoldina, arquiduquesa da Áustria, esposa de Pedro (1817 a 1826) e José Bonifácio de Andrada e Silva, nascido em 13 de junho em 1763 e falecido em 06 de abril de 1838, em Niterói, Rio de Janeiro, um dos principais arquitetos da independência.
O processo de independência, que completa neste ano 202 anos, foi doloroso e causou enormes reações, tanto no Brasil como em Portugal e demais países da Europa, inclusive na Áustria. A elite econômica no sudeste do Brasil não aceitava o andamento do processo de independência desejado por Bonifácio, Leopoldina e grande parte da corte brasileira. Na Bahia, Maranhão, Pará e na Cisplatina, atual Uruguai, movimentos contrários se repetiram até 1824, mas, foram todos sufocados pelas forças de Dom Pedro I Em 1822 a idéia separatista já tomava conta de grande parte do território nacional e do corpo político do país, com frágil resistência de alguns portugueses.
Dom Pedro, como Regente do Brasil, já não suportava a pressão portuguesa e as ameaças de anulação de todos os atos do Regente Pedro, iminente e constantemente repetidas, fez de Dom Pedro um propositor da separação, lembrando-se da fala de seu pai, Dom João VI, que afirmou ao voltar para Portugal: “Pedro, antes que algum aventureiro o faça, toma para si a coroa e a coloque em sua cabeça”. O incentivo da princesa Leopoldina, de José Bonifácio e da Maçonaria e dos brasileiros natos ecoava na cabeça do jovem regente em tempo integral.
Em viagem a São Paulo, nas margens do riacho Ipiranga, em viagem para o solar da Marquesa de Santos, sua amante predileta, o Regente recebeu carta de Leopoldina e Bonifácio alertando que Portugal determinou a volta do príncipe para Portugal tornando sem efeito toda sua autoridade no Brasil. Dom Pedro, afirmam alguns historiadores e com fato não comprovado, em frenético estado de fúria, gritou que, a partir daquele momento o Brasil já não era dependente de Portugal, escolhendo o caminho da independência. Era o dia 7 de setembro de 1822. A este ato, seguiram-se várias tentativas de Portugal em novamente tornar o Brasil mera colônia portuguesa e não mais o Reino Unido como declarou Dom João VI.
Forças diplomáticas conseguiram que Portugal, em 1824, reconhecesse a independência do Brasil, mas cobrou 2 milhões de libras como indenização, e as forças jurídicas brasileiras tornaram o Brasil numa Monarquia e Dom Pedro foi aclamado e coroado como Imperador do Brasil e a partir de 1822, passando a ostentar o título de Dom Pedro I – Imperador e defensor perpétuo do Brasil. Disto, o Brasil surgiu no concerto geral das nações como país independente e foi iniciada a construção da nacionalidade brasileira.
E ainda hoje se pergunta: O Brasil é independente?
Prof. Dr. Antonio Caprio- Tanabi - set/ 2024 - escritor e historiador.
segunda-feira, 2 de setembro de 2024
QUEIMADAS
Vivemos momentos difíceis com o fenômeno ‘queimadas’. E o que seriam elas? São atos de incendiar terrenos, normalmente, para limpar o solo de um quintal, ou de áreas maiores para servir para a agricultura, ou mesmo a pecuária. Estes processos podem ser naturais ou provocados por seres humanos, podendo alcançar grandes extensões se com ventos fortes onde faíscas voam pelos ares e vão se tornando rastilhos para grandes incêndios. Elas podem ter finalidades de desmatamento, perda de biodiversidade, erosão do solo, limpeza do solo e preparo para o plantio e várias outras propostas dentro da agricultura, seja ela de pequeno ou grande porte. Apresentam consequências ruins como o aquecimento global, problemas de saúde, em especial respiratórios voltados às crianças e idosos e perda da biodiversidade.
Quando as queimadas fogem do controle, se tornam incêndios, com grandes repercussões na fauna e na flora. Animais são alcançados, ninhos, filhotes e mesmo animais adultos como vacas, bois, aves e outros tipos. Plantas resistentes podem brotar depois do incêndio, mas muitas não, inclusive árvores de pequeno e médio porte. É realmente um fenômeno contrário à vida pela natureza própria da combustão. No Brasil, a região nordeste, pela característica de seus vegetais, é a que registra maior índice de ocorrência de queimadas, em especial entre os meses de janeiro a outubro. Já na região Centro-Oeste, os meses mais críticos são de julho a outubro, e isto pela extensão territorial do país.
O Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) e o Ministério do Meio Ambiente (Instituições Governamentais) são responsáveis pelo monitoramento e controle das queimadas no país, mas, em razão da extensão territorial e ambiente seco, em decorrência do período sem chuvas que já registra cerca de quatro meses, pouco se pode fazer, somados aos causadores humanos que parecem brotar por todos os rincões brasileiros, com grande destruição na Amazônia, no Brasil central, nordeste sudeste e sul brasileiros. As atividades econômicas, ligadas à agropecuária, com o consequente avanço do desmatamento e a ampliação das áreas de pastagem são problemas de difícil combate objetivando o controle das queimadas e incêndios.
Áreas como os biomas da Amazônia, Pantanal e Cerrado, nos pontos como o Parque Nacional dos Veadeiros|(GO), o Parque Nacional das Emas (MT e GO), a Chapada Diamantina (BA) e o Pantanal (MT e MS), são os locais mais atingidos, de difícil acesso dos brigadistas com destruição, não só das matas, como dos insetos, aves em estado de extinção, animais de pequeno e grande porte e a vida, de forma geral, inclusive alguns redutos de moradores humanos. São milhares de Km2 de áreas destruídas, maiores do que as áreas de estados do Rio de Janeiro e São Paulo, juntos. Não só o Brasil tem sofrido com as ações de queimadas, propositais ou não. Territórios australianos e nos Estados Unidos da América e porções da parte central e sul da África, também têm perdas patrimoniais irreparáveis, inclusive de residências e propriedades urbanas, além da biodiversidade natural. Urge que sejam criadas penalidades legais que realmente funcionem, sob vários aspectos e amplitude e minimizados sejam tais ocorrências para o bem da própria humanidade como um todo.
O planeta Terra existiu antes e existirá depois da vida.
E o ser humano?
Prof. Dr. Antonio Caprio – Tanabi – Ambientalista.
quinta-feira, 22 de agosto de 2024
O ABORTO E O DIREITO
Abortar é interromper uma vida em processo de instalação. A meu ver, como biólogo e defensor da vida e anti abortista, é um crime, seja lá qual for o artigo ou legislação que afirme ou caminhe em contrário. A partir do momento de fecundação do óvulo, nas trompas, a vida se instala. Atentar contra ela é matar. Se não desejam engravidar, (o casal), sigam os caminhos disponíveis pelos serviços de saúde. Alegar que a gravidez foi ‘sem querer’, é demonstrar ignorância e desdém para com a vida. Creio que deveriam os autores de uma gravidez indevida, eles sim, serem punidos. Ministrei em minha vida produtiva como professor, por mais de trinta anos, centenas de palestras a jovens, grupos religiosos, clubes de serviços, escolas, e outras, gratuitamente. Respeito o direito das mulheres sobre o seu corpo, mas reservo-me no direito de discordar do crime mais covarde que conheço, chamado aborto.
O aborto, segundo a lei, pode ser natural, acidental, legal ou permitido. O natural não é crime ocorrendo quando há a interrupção espontânea da gravidez. O acidental, também, sendo causado por traumatismos, quedas, e outros meios.
Da legislação em vigor, já que vivemos sob a égide de leis, temos alguns meios para que o aborto possa ser praticado sob supervisão médica, quando o feto for anencefálico. Se a mãe corre risco de vida, que tome os cuidados disponíveis, que são muitos, de não engravidar. Entendo que na gravidez resultante de estupro, não deva ser facilitado o aborto. A criança não deve ser jogada fora porque o possível pai não seja conhecido ou se for, não é cidadão prestante ou responsável. Nem incluo em minha posição o aborto com ou sem consentimento da gestante. No Brasil, são praticados, por ano, cerca de 800 mil abortos, deixando sequelas de vários tipos.
Aborto mata. Os agentes do aborto devem ser punidos severamente. Não interessa o que possam alegar. Coloco-me como advogado dos possíveis abortados. É preciso que tomemos cuidado com estas premissas de direitos antes de exercer os deveres. O Estado deve educar seus adolescentes e geradores de gravides se forma indevida e irresponsável. Sexo é para dar a vida e não para matar. A partir do 14º dia da gestação a vida já se faz presente. A partir de 11 semanas o cérebro já começa a ser formado. Com 30 semanas, o feto já sente dor. Por volta da 30ª semana, o feto já se movimenta dentro do útero com seus conhecidos pontapés. No segundo mês de gestação, o feto já tem a face sendo moldada, a boca, o nariz e a língua sendo formadas. Já crescem as orelhas, além dos dedos das mãos e dos pés e as unhas.
É enorme o número de mortes em razão do aborto, inclusive de mães que se arriscam com tal procedimento, que por ser proibido, se entregam nas mãos de pessoas inabilitadas para tal, no exercício do aborto inseguro, protegidas pela ignorância de ambos os lados e na ganância dos executores, inclusive profissionais da medicina, na técnica da assistolia fetal, consistindo no uso de medicamentos para parar o coração do feto e assim conseguir um aborto legal. O homem é o único ser que mata seus filhotes antes do nascimento. Não, ao aborto. Sim à vida.
Prof. Dr. Antonio Caprio – Biólogo e estudioso da vida. Tanabi – sp