Corria o século XIV e o mundo conheceu na Ásia uma onda de mortes humanas que se estima em vinte e cinco milhões de perdas humanas na Europa e no Oriente Médio certamente alcançou cerca de milhões de pessoas. Esta doença foi chamada de “Peste Negra”, que se acredita tenha sito iniciada nos anos 1330 na Província Chinesa de Yunan e tenha como vetor pulgas portadoras de germes hospedeiros de ratos e rapidamente escançou o Ocidente com transportadores mongóis na rota da seda. Já no ano de 1347. Os mortos eram empilhados sobre os muros da cidade facilitando de forma extraordinária a transmissão da doença. Logo a França, a Espanha, Portugal e Inglaterra estavam tomadas. Em 1531 a Alemanha, a Escandinávia e todo o noroeste da Rússia enterravam seus milhares de mortos. O Egito, o Líbano, a Síria, a Palestina e o Iraque, a Turquia enterrava centenas de seus mortos. A Peste assolava grande parte do planeta, em ainda no século XVI, a aristocracia sofria grandes baixas com a doença, e a Europa Oriental, inclusive a Rússia registrava grandes números de mortes e doentes e mortos que eram empilhados nas beiras das estradas. O mundo estava assustado com a Peste que a cada dia se propagava mais com o aumento do mercado marítimo pelo mundo e a chegada de novos navios nos portos era motivo de abandono do trabalho e da área ocupada.
A peste negra, foi no passado uma das doenças mais temidas da história da medicina. Na descrição médica, foi conhecida como peste bubônica, é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Yersinia pestis, transmitida principalmente por pulgas de roedores, encontrada em grande quantidade nos navios mercantes do passado. Ela se manifesta de diferentes formas, sendo a mais comum a bubônica, caracterizada pelo inchaço dos gânglios linfáticos que se rompem em razão da altíssima febre. A peste negra causou uma das maiores pandemias da história, dizimando milhões de pessoas na Europa medieval, tão temida quanto a sífilis ou mais modernamente a aids ou a varíola erradicada no Brasil em 1973.
Por ignorância natural da época, com a morte do imperador Kublai Khan, em 1294 um surto de desastres naturais assolou a China e o populacho atribuiu tais fatos à vingança dos deuses gerando revoltas camponesas em todo o país, aumentando, ainda mais, a quantidade de mortes, notadamente de crianças e idosos. Viajar foi proibido em toda a China gerando um período de isolacionismo que refletiu de forma assustadora na China, prejudicando a indústria e o comércio que foi destaque na dinastia Ming só melhoradas após o ano de 1644.
Prof. Dr. Antonio Caprio – Tanabi – Ex-presidente do IHGG e ex-vice-presidente do Comdephact/ Rio Preto – Biólogo.
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