Passando os olhos sobre as histórias humanas e de
alguns reis, líderes, exercedores do poder político e do poder religioso,
constatei que a história real de cada um deles e de todos, numa estranha
semelhança, pouco diferentes foram, sob vários aspectos.
Continuei a caminhar pelo calendário, numa linha do
tempo, e constatei que, na história de cada estado brasileiro, para nos
fixarmos em termos de Brasil, as lutas foram semelhantes e, também de forma bem
próximas umas das outras,e continuam
sendo.
Voltei-me para a linha do tempo no que diz respeito
aos municípios e, outra vez, pude constatar a semelhança nos acontecimentos
antigos com os ditos contemporâneos e da mesma forma com o sistema que
atualmente vivenciamos.
A história se repete, se renova e sobre os alicerces
do passado se erguem os edifícios da modernidade, mas, no centro de cada
estrutura, de cada segmento social, político, religioso e econômico, as coisas
são semelhantes e até iguais, indicando que praticamente nada mudou com relação
ao passado mais antigo, ao passado mais
recente e ao tempo atual.
O homem é um ser mortal e isto leva a uma modificação
dos titulares do poder, sob todos os aspectos e formas. Uns ascendem ao ‘trono’
enquanto outros ‘caem’, são eliminados, substituídos e muitas vezes suas
histórias apagadas ou modificadas de forma e a gosto dos detentores do poder presente,
do ‘agora’. Já foram apagados nomes de faraós, de presidentes, de governantes,
de ditadores das ‘estelas’ seculares da história. Já foram arrancadas ‘placas’
indicativas de uma época, de um tempo, como que se fosse possível apagar da
mesma forma o passado. Já foram suprimidos nomes de titulares do poder de ontem
a exemplo de como o mar faz sobre alguma coisa escrita na areia da praia.
Histórias foram reescritas, recriadas e fantasiadas ao
sabor do tempo na esteira dos séculos sob os interesses e justificativas mais
descabidas e conflitantes. Os que hoje
tomam contato com a história do mundo e dela fazem parte devem cuidar para que
a verdadeira história seja enxergada sob a camada atual de areia do tempo.
Devemos fazer aflorar todos os
‘momentos’ da história sem o que ela pode se tornar numa estória, irreal e
fantasiosa.
Uma coisa, porém, não se perde em tudo isto: a
alternância das forças, o vai-e-vem do
poder, a continuidade da roda do tempo que ninguém e nada pode deter. Nenhum
homem poderoso pode impedir que a Terra continue seu giro em torno de si mesma
e em torno do Sol num movimento eterno e incontrolável. O homem não controla, e
nunca controlará, sequer, seu ciclo de vida. Todos nascem, crescem e morrem
numa lei infalível e imutável, mesmo que prorrogada por alguns instantes por
força da medicina ou da magia da própria existência.
O homem faz a história e é parte dela. A História não
existe sem o homem. O historiador é o mágico que pode tornar a história
palpável e conhecida. O tempo, porém, é o senhor de tudo e o juiz implacável
cuja sentença é irrecorrível. A velha e atualíssima lei da ação e reação
está em pleno vigor. Ai daquele que ousar afrontá-la sob pena de nem pó se
tornar por força do vento da eternidade.
Esse vento é forte, impassível, constante e varre da
Terra, no mínimo a cada 100 anos, todos aqueles que se pensaram eternos e donos
de alguma coisa e de alguma forma neste terceiro planeta do minúsculo Sistema
Solar.
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