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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

O CORONEL NA POLÍTICA E NO TEMPO



Nossa História brasileira e regional, em especial no Estado de São Paulo, é rica e cheia de detalhes que precisam ser relembrados, considerados e jamais esquecidos. Há historiadores que consideram este período como ‘ um tempo negro’: outros, o tem como um tijolo importante no Brasil de hoje. Fico com a segunda posição, primeiro porque nem sempre os chefes políticos foram ‘coronéis’, apesar de estarem rodeados por mandonistas e o falseamento do voto e até a organização edesorganização dos serviços públicos locais. Sem dúvida, a partir do século XXI,a influência dos ‘coronéis e “clientelistas”, tem diminuído, embora ainda presente de forma latente nos políticos regionais mais antigos, e com saudosismo, pelos atuais. 

Hoje’coronel’ já não é mais o dono de imensas terras, que era o que outorgava a ele o poder sobre os ‘roceiros’ e seus familiares e amigos. São alguns, ainda que poucos, medianamente remediados, com algum gado, terras alugadas para a exploração da cana e raros os que ainda militam na política que trocou de mão e de direção, transformando os outrora coronéis em absenteístas naturais, ou seja,estão no limbo da política, mas ainda lutam para manter o poder. 

Nascido do coronelismo, o mandonismo gerou o filhotismo que hoje é bastante forte e ativo nos meios políticos, em nível federal, estadual e agressivamente no meio municipal. Os filhotes praticam a política resumida no pão, para os amigos e pau, para os inimigos ou adversários e sob os olhos dos ainda coronéis, mesmoparecendo alheios à política real. Terminado o mandato, os filhotes continuam a ser alimentados com as migalhas possíveis, hoje cargos de diversos níveis e atribuições que vão desde o direito à voz dentro do grupo como ‘ fazedores’ dos sucessores potenciais como ao embargue e proposição de verbas e recursos de outros níveis administrativos. Os novos chefes do Executivo entendem que, assumindo o poder, têm de substituir toda a cúpula anterior e com isto arrastar o poder para seu balde e com ele alimentar toda a imensa tropa que precisa para exercitar e manter o poder. 

Perdido o cetro e rarefeito seu poder, os coronéis de reduzido poder,tentam preservar o trono a médio ou longo prazos, e já no dia seguinte à posse dos novos mandatários, dá início ao processo de articulação para o novo edifício que sonha ocupar. Háfilhotes de coronéis que organizam uma escala de ações que, como aos degraus de uma longa e interminável escada que leva ao poder maior, e que são galgados com paciência, sabendo que a pouca idade lhes proporciona enormes chances de assumir o trono e ostentar o cetro. 

O poder municipal perde, dia-a-dia, para o poder estadual. As rendas dos Municípios se enxugam enquanto as despesas, obrigatórias, via constituição, sugam as finanças que obrigam os municípios a se fixarem nas verbas dos governos por meio de custosos convênios e projetos. O Governo federal faz o mesmo com relação aos estados e de forma indireta com relação aos municípios. As antigas e poderosas câmaras municipais se tornam em meros apêndices deste processo centralizador e a tendência é, a cada dia, se tornar mais centralizador, inclusive politicamente. O sacrifício à autonomia municipal alimenta, dia-a-dia, os coronéis estaduais e federais. O poder trocando de mão e tudo fica como estava ‘antes’

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