Existem nos anais
históricos e filosóficos, inclusive religiosos, diversas tentativas de
definição de Deus. Definir deuses é coisa corriqueira. Estes são seres
imaginários que habitam todos os históricos de todos os países e povos do
mundo, desde o início dos tempos. Já a questão de Deus é muito difícil, não só
por falta de termos próprios como de enunciados aceitos por todas as religiões
e estudiosos das crendices humanas.
Segundo o “Livro
de Urântia” antes de tentarmos definir Deus, preciso é que saibamos o que é
divindade e deidade. Dedico a este tema um capítulo inteiro em livro, com o
título ‘Deus, o maior segredo do Universo”. Deidade é a fonte de tudo o que é divino. Pode ter conotação
existencial e refere-se ao Ser Supremo, incriado e que não teve inicio nem terá
fim. Está fora do tempo e do espaço, estudados por Albert Einstein, que são
linhas criativas do próprio universo. A deidade é onipotente, onisciente e
onipresente e não estão submetidas à força do espaço nem do tempo.
A Divindade é, segundo Urântia, a
qualidade característica, unificadora e coordenadora da Deidade. É símbolo da
beleza e bondade. É o representativa do amor, misericórdia e ministração. É
revelada como justiça, poder e soberania. É a perfeição absoluta. É a segunda
parte da Deidade. A filosofia religiosa cristã divide, simbolicamente, Deus
como uma trindade absoluta.
Estes elementos
divindade e deidade integram Deus. A consciência cósmica nos leva,
filosoficamente, ao reconhecimento de uma Causa Primeira formada pela trindade.
Outras religiões também constituem seus princípios religiosos no número
três(3), número este presente no Egito( Isis, Osíris e Hórus), na Índia( Shiva,
Brahma, Vishnu), no mundo cristão Pai, Filho e Espírito Santo e o uso da
trindade se perde na linha do tempo religioso humano. Deus é uma palavra
símbolo. As criaturas mortais necessitam de simbolizar seus conceitos e com
Deus não é diferente, havendo religiões que proíbem que se pronuncie o nome de
Deus, usando anagramas ou outras maneiras, coo por exemplo Jeovhá.
Usa-se de forma
universal, a expressão EU SOU para a representação da figura de Deus, lembrando
o eterno e o infinito. É o Absoluto Universal, abrangendo a deidade e a
Divindade. É sabido, quem se liga ao tempo-espaço, tudo tem de ter um início e,
por força do tempo, um fim. A única exceção é Deus, que é Aquele Incausado, a
causa primeira de todas as coisas. A palavra ‘Pai’ neste contexto é a primazia
absoluta do Pai Universal e se constitui no conceito representativo do
exercício da fé.
Neste contexto,
usa-se muito as expressões corpo,
que é apenas o organismo físico do homem; mente,
que é o elemento de pensar, perceber, sentir e se manifestar do organismo
humano; espírito, que é a parte divina
que reside no homem; alma, definida
em Urântia como a aquisição experiencial humana
e personalidade, parte do
homem que reflete a manifestação de todos os elementos retro citados,
associados à individualidade de cada um. Todo este processo se alicerça na
energia, que embora definida pela Física, não se pode deixar de associar com a
criação do Universo pela força superior e indefinível representada pela palavra
DEUS.
Prof. Dr. Antonio
Caprio
Tanabi – sp
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