A Divinização do ser humano deu origem a uma quantidade enorme de religiões e seitas. A própria Gênese Bíblica atribui ao homem tal condição. Na Índia, no Egito, na Grécia, na Ásia, nos impérios Inca, Maia e Asteca, e em muitos outros pontos do planeta, algumas figuras humanas se tornaram num elemento divino e, como tal, com superpoderes entre seus iguais. Todos os imperadores eram elevados à categoria divina. Todos os demais não aceitavam o poder sem que o detentor dele não fosse ‘diferente’ e , além de nobre, divino. A pergunta-mater é: como uma pessoa ter-se-ia elevado a categoria divina? Pelo povo? Por meio de uma lenda? De um nascimento inusitado?
Diz a lenda, que Manco-Cápac,
foi o fundador da primeira dinastia Inca. Ele caminhou, com sua esposa Mama-Oelo,
instado por uma força superior, que ele dizia ser o Sol, seu pai, sempre para o
norte e só parou quando encontrou a ‘terra prometida’ e ali fincou os alicerces
do Império Inca, fundando a cidade de Cuzco. No local encontrou um povo
selvagem que vivia em caverna e se alimentava de caça e frutos silvestres,
desconhecendo a agricultura. Ele, com uma linguagem fluente, conseguiu
impressionar os que o cercavam lhes oferecendo cultura, pão e mel. Logo os
selvagens viram nele um rei e um deus
enviado pelo Sol. Em civilizações pré-colombianas nem sempre o rei era divino,
mas por suas ações de bravura, acabava sendo distinguido com este tratamento, e muitos tiveram em seu
louvor a construção de templos com corpos sacerdotais que mais ainda lhes
elevavam a divindade perante o povo.
Do Oriente surgiu
uma veneranda figura, com barbas longas e brancas e trajando um brilhante manto,
radicando-se em local onde hoje é a Colômbia, chamado Bochica e que passou a
cuidar do povo em situação de barbáries em alto grau. Em uma ocasião, diante de
enorme enchente do rio Funza, que foi controlada por ele, e que foi qualificada como milagrosa, rendeu-lhe o título de filho do rei Sol, promovendo no
país grandes reformas sociais, políticas e religiosas, inclusive a organização
de um calendário. Reza lenda que ele passou cerca de dois mil anos em constante
meditação no alto de uma montanha, instituindo entre o povo uma forma de
escrita sagrada e uma extensa lista de seres que se tornaram representantes de
deuses relacionados com a natureza animal e vegetal, de forma
antropomórfica. Não se tem informações
sobre a morte de Bochica.
A ideia de que
reis poderiam ser deuses também se arraigou no México, especialmente onde os
conquistadores não destruíram os templos. Ser rei não bastava para que o mesmo
fosse elevado a uma divindade. Era preciso que o ser apresentasse ou
demonstrasse características superiores ao homem comum. No Mexico, dois reis se
tornaram deuses e grandes legisladores e civilizadores. Eram eles Itzamma e
Kukulman, sendo o primeiro um civilizador maia e o segundo um sábio governador
de Chichen-Itzá, que imprimiu grande evolução na vida do povo, em especial no
campo social, político e religioso Entre os Incas era mais difícil se alcançar
a categoria de deus, mesmo que o líder fosse um rei. Com Cristo se deu o mesmo
na região de Israel e Jerusalém
Tanabi, abri de
2021.
Prof.Dr.Antonio
Caprio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário