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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

INDEPENDÊNCIA - 203 ANOS





Muitos foram os documentos elaborados para que se conseguisse a separação entre o Reino Unido e o Reino de Portugal e Algarves. para que o Brasil pudesse alcançar a pretendida independência. Foram muitos os trâmites e as grandes distâncias eram impedimentos naturais que, de forma cuidadosa, acabaram por chegar aos momentos da real concretização dando sustentação aos atos separatórios, onde os documentos levavam meses para serem lavrados e assinados conforme legislação em vigor.

No presente caso, depois de várias tratativas, a data fixada para a separação entre ambos os países, foi definida para o dia 7 de setembro de 1822, tendo-se como base o ‘grito do Ipiranga” que D Pedro I fez acontecer quando empreendia visita à casa da Marquesa de Santos em São Paulo. Seguidamente, em 12 de outubro de 1822, D. Pedro I foi aclamado Imperador do Brasil, sendo coroado e consagrado em 1º de dezembro de 1822 e o país passou a ser conhecido como Império do Brasil. Em 1807, a Família Real e o governo português fugiram para o Brasil acabando por elevar o Brasil à condição de Reino. Tendo que retornar a Portugal, e o rei João VI nomeou seu filho mais velho, Pedro de Alcântara de Bragança, como Príncipe Regente do Brasil (1821). Quatro anos depois. Portugal reconheceu a independência do Brasil e em 29 de agosto de 1825, foi assinado o Tratado de Amizade e Aliança firmado entre o Brasil e Portugal. O Brasil, com a separação, optou por preservar as características que existiam no período colonial, a forma monárquica de governo, a dinastia de Bragança no poder, a unidade territorial, a economia agrária de exportação e a escravidão de origem africana.

O Brasil nasceu, politicamente, após a Revolução Francesa. O Liberalismo Político era o sistema vigente como Monarquia constitucional representativa e não absolutista. O Império adotou uma constituição para poder administrar o poder e gerir o reinado. Graças à Constituição de 1824, todos os cidadãos se tornaram iguais perante a lei, ao menos no papel. Só tinha direito ao voto quem tivesse uma renda de 200 mil réis. Os demais eram considerados cidadãos de segunda categoria e os escravizados não eram cidadãos. Houve confrontos armados. A independência não foi um processo pacífico. Volta e meia e confrontos de pessoas pipocavam em vários pontos do novo território do Brasil com relativo número de mortos.

A colonização foi praticamente iniciada em 1534, quando o Brasil teve o processo das capitanias hereditárias concretizado, em 14 faixas, onde apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente prosperaram, causando sérios problemas de povoamento e posse real das terras. O século XVIII e início do século XIX foram palcos de pesados movimentos de independência (mediante guerras). Com a fixação da Família Real em 1808 no Brasil, este se transformou em metrópole e o retorno do soberano para Portugal, acabou ficando aqui, como regente, o primogênito Pedro de Alcântara iniciando-se de forma lenta, mas gradual, o processo constitucionalista no Brasil, cujo objetivo maior era a independência. Em 1815 o Estado do Brasil foi elevado à condição de reino e com isto instalado um estado monárquico transatlântico e pluricontinental. Em 1821, Dom João VI foi obrigado a fazer um juramento à nova Constituição, deixando aqui o Príncipe Pedro de Alcântara como Regente do Reino do Brasil. Assim, a independência ficava cada dia mais próxima.

Movimentos visando a independência das terras reinos fervilhavam em todos os pontos do planeta e Pernambuco foi a primeira província brasileira a se separar, de fato e de direito, do Reino de Portugal. Em 29 de agosto de 1821, um movimento armado se levantou contra o governo do capitão general Luíz do Rego Barreto resultando na formação da Junta Goiana, saindo-se vitorioso com a rendição das tropas portuguesas com a rendição a 5 de outubro do mesmo ano. Nasce aí o Movimento Constitucionalista de 1821, sendo ele considerado o primeiro movimento com êxito na busca da independência do Brasil que só viria acontecer no dia 7 de setembro de 1822 exatamente há 203 anos de nosso tempo.

Prof. Dr. Antonio Caprio – Historiador - Tanabi – sp. Ex-presidente do IHGG Rio Preto e ex-vice-presidente do Comdephact-Rio Preto, e membro inscrito da Sociedade de Veteranos da Revolução de 32 – Rio Preto.

INDEPENDÊNCIA E DEMOCRACIA




Muitos foram os documentos elaborados para que se conseguisse a separação entre o Reino Unido e o Reino de Portugal e Algarves. para que o Brasil pudesse alcançar a pretendida independência. Foram muitos os trâmites e as grandes distâncias eram impedimentos naturais que, de forma cuidadosa, acabaram por chegar aos momentos da real concretização dando sustentação aos atos preparatórios, onde os documentos levavam meses para serem lavrados e assinados conforme legislação em vigor.

No presente caso, depois de várias tratativas, a data fixada para a separação entre ambos os países, foi definida para o dia 7 de setembro de 1822, tendo-se como base o ‘grito do Ipiranga” que D Pedro I fez acontecer quando empreendia visita à casa da Marquesa de Santos em São Paulo. Seguidamente, em 12 de outubro de 1822, D. Pedro I foi aclamado Imperador do Brasil, sendo coroado e consagrado em 1º de dezembro de 1822 e o país passou a ser conhecido como Império do Brasil. Em 1807, a Família Real e o governo português fugiram para o Brasil, acabando por elevar o Brasil à condição de Reino. Tendo que retornar a Portugal, e o rei João VI nomeou seu filho mais velho, Pedro de Alcântara de Bragança, como Príncipe Regente do Brasil (1821). Quatro anos depois. Portugal reconheceu a independência do Brasil e em 29 de agosto de 1825, foi assinado o Tratado de Amizade e Aliança firmado entre o Brasil e Portugal. O Brasil, com a separação, optou por preservar as características que existiam no período colonial, a forma monárquica de governo, a dinastia de Bragança no poder, a unidade territorial, a economia agrária de exportação e a escravidão de origem africana.

O Brasil nasceu, politicamente, após a Revolução Francesa. O Liberalismo Político era o sistema vigente como Monarquia constitucional representativa e não absolutista. O Império adotou uma constituição para poder administrar o poder e gerir o reinado. Graças à Constituição de 1824, todos os cidadãos se tornaram iguais perante a lei, ao menos no papel. Só tinha direito ao voto quem tivesse uma renda de 200 mil réis. Os demais eram considerados cidadãos de segunda categoria e os escravizados não eram cidadãos. Houve confrontos armados. A independência não foi um processo pacífico. Volta e meia e confrontos de pessoas pipocavam em vários pontos do novo território do Brasil com relativo número de mortos.

A colonização foi praticamente iniciada em 1534, quando o Brasil teve o processo das capitanias hereditárias concretizado, em 14 faixas, onde apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente prosperaram, causando sérios problemas de povoamento e posse real das terras. O século XVIII e início do século XIX foram palcos de pesados movimentos de independência (mediante guerras). Com a fixação da Família Real em 1808 no Brasil, este se transformou em metrópole e o retorno do soberano para Portugal, acabou ficando aqui, como regente, o primogênito Pedro de Alcântara iniciando-se de forma lenta, mas gradual, o processo constitucionalista no Brasil, cujo objetivo maior era a independência. Em 1815 o Estado do Brasil foi elevado à condição de reino e com isto instalado um estado monárquico transatlântico e pluricontinental. Em 1821, Dom João VI foi obrigado a fazer um juramento à nova Constituição, deixando aqui o Príncipe Pedro de Alcântara como Regente do Reino do Brasil. Assim, a independência ficava cada dia mais próxima.

Movimentos visando a independência das terras reinos fervilhavam em todos os pontos do planeta e Pernambuco foi a primeira província brasileira a se separar, de fato e de direito, do Reino de Portugal. Em 29 de agosto de 1821, um movimento armado se levantou contra o governo do capitão general Luíz do Rego Barreto resultando na formação da Junta Goiana, saindo-se vitorioso com a rendição das tropas portuguesas com a rendição a 5 de outubro do mesmo ano. Nasce ai o Movimento Constitucionalista de 1821, sendo ele considerado o primeiro movimento com êxito na busca da independência do Brasil.

Era preciso que Lisboa, através de seus membros das cortes portuguesas concordassem de fato com a independência da antiga colônia e o eixo de todo esse movimento era Dom Pedro I defendendo a causa brasileira. Ele contou com a ajuda especial da esposa, a princesa Leopoldina de Habsburgo incentivando e favorecendo a permanência do marido no Brasil, com o que não concordava o grupo de Bonifica-nos. A causa cresceu e no dia 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I, depois de muito refletir, grita do alto da sacada de seu palácio: “Como é para o bem de todos e para a felicidade geral da Nação, diga ao povo que vou ficar. Ai nasceu de fato a Independência e a despertou o movimento da futura República no Brasil. Este momento foi denominado “O dia do Fico”.

No dia 18 de janeiro de 1822, José Bonifácio foi nomeado como ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros do governo,que começava a se formar. Dom Pedro I recebeu, o título de defensor Perpétuo do Brasil e de imediato foi convocada e instalada a primeira Assembleia Constituinte para evitar algum tipo de golpe. Pedro assinou o decreto no dia 3 de junho de 122 e convocou eleições dos deputados e com isto, os desejos de Independência, se tornava mais forte, e avançava no tempo em busca dos ideais da República. Independência e República, irmãs siamesas do processo político do Brasil. Chegando a São Paulo no dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I disseminou a notícia da independência do Brasil do domínio português e de imediato foi instituído o brasão de armas do reino independente do Brasil. Um processo de independência e mesmo de república envolveu dezenas de pessoas, vários países, reinos, embaixadas e muita burocracia para se efetivar. O Brasil se tornou num reino independente há 203 anos e república 136 anos e um exército de pessoas foram os promotores destes processos, destes eventos e hoje nosso país é uma nação respeitada em todo o planeta e que soube conduzir seus processos de independência e da República, mesmo com várias crises que soube superar e controlar.

Prof. Dr. Antonio Caprio – Historiador - Tanabi – sp. Ex-presidente do IHGG Rio Preto e ex-vice-presidente do Comdephact-Rio Preto, e membro inscrito da Sociedade de Veteranos da Revolução de 32 – Rio Preto.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

DOENÇAS NO MUNDO - A DESCOBERTA DA VACINA




Em pleno século XXI falar-se sobre vacina ou vacinação se torna numa tarefa que exige, apenas, pequeno conhecimento sobre a forma como que algumas doenças se manifestam nos meios sociais do mundo todo, suas consequências e sofrimento por parte de crianças e idosos, principalmente, em estabelecimentos especiais que muitas vezes perdem seus pacientes por falta de meios de enfrentar exércitos de vírus, bactérias e muitos outros meios de proliferação, chamados de de microrganismos que matam, seus hospedeiros, não só o homem, como animais de várias espécies e tamanhos.
Como tudo tem um começo e uma dedicação que nasce da curiosidade de cientistas de várias especializações. Com o jovem Edward Jenner, filho de agricultores nascido em, Berkeley em 17 de maio de 1749, Inglaterra, sendo o oitavo Filho do reverendo Stephem Jenner e de sua esposa Sara Jenner e casou-se com Catherine Kiingscote. Faleceu em 26 de janeiro de 1823, aos 73 anos. Sua educação foi rígida e tornou-se um esplêndido médico com especialidade no estudo contra a malária que causava enormes problemas de saúde na comunidade, e redondezas, e especialmente as crianças em idade escolar sem que adultos ficassem livres da doença e muitos eram os registros de mortes na comunidade. Foi ele um pioneiro no que diz respeito a vacinas, já apresentando notável trabalho em 1796, contra a varíola.

O termo varíola vem de “variaolae vaccinae ( varíola das vacas ), partindo da observação de que os ordenhadores de vacas, apresentavam um número mínimo de doentes, e quando acontecia a crise era fraca, e, Edward deduziu que nas pústula dos úberes das vacas continha alguma coisa especial que protegia e ainda protege, estes ordenhadores, lembrando que não existia o microscópio na época, e aplicava a pústula produzida dos úberes nas mãos dos ordenhadores sadios e a varíola não se manifestava, e quando o fazia era de ação super fraca, concluindo ele e demais médicos que a imunização está acontecendo naturalmente. Daí surge o termo vaccinae(vaca)=Vacina. Nascia um dos maiores instrumentos contra doenças de vários tipos a partir da ideia que se aprimorou com outros processos naturais de defesa humana contra doenças de muitos tipos, sendo um deles a imunização indireta, com aproveitamento de pessoas ou animais já vacinados e que apresentavam uma forma de imunidade indireta e funcional. Em razão disto, Jenner é conhecido como o “pai da imunização”, recebendo homenagens de todos os pontos da medicina da época. Fascinado com a ideia da vacinação, desenvolveu estudos complementares na área de angina, oftalmologia e doenças cardiovasculares. Hoje, graças aos estímulos iniciais na área da vacinação, são beneficiados, em primeiro plano, os seres humanos, seguidos por animais de várias espécies.

Foi sucesso o sistema de inoculação com base em pessoas já imunizadas pelo sistema de vacinação, atingindo novos caminhos nos tratamentos das doenças que assolavam a humanidade e muitas espécies de animais, com mortes em grande escala. A varíola foi erradicada graças ao trabalho de Jenner e outros colaboradores que se agregaram no aperfeiçoamento da vacinação, hoje grande suporte da medicina em vários aspectos. A vacinação é, sem dúvida, um dos maiores avanços da medicina, estendendo-se a doenças como a caxumba, rubéola, o sarampo, a tuberculose e um enorme colorário de outras doenças humanas e animais que salvaram e ainda salve grande número de vidas. e mais modernamente com relação a Aids e síndromes das mais diversas, abrindo-se em enorme rede de cura para doenças várias que no passado e infelizmente, por falta de colaboração presencial nos setores de vacinação oferecidos(| gratuitamente), pelo Estado.

Prof. Dr Antonio Caprio – Tanabi, Ex-presidente do IHGG e ex-vice-presidente do Comdephact Rio Preto. Membro registrado no grupo de Revolucionários de 1932-Rio Preto.

DOENÇAS NO MUNDO

 


Todo ser vivo é acometido por doenças de várias espécies, muitas das quais causadoras de números significativos de mortes, tanto nos meios urbanos como rurais e outros, visto que os conjuntos são constituídos de células vegetais e animais, passíveis de contágios e reproduções das mais variadas formas e consequências. A Ciência, desde tempos imemoriais, tem feito parte dos meios humanos em busca do controle dos males que afligem e afligiram o planeta gerando crises e registros de mortes em escalas que assustaram e assustam todo o planeta.

Um dos males mais presentes no meio urbano foi a febre amarela presente de forma assustadora desde meados do século 19 e registrado até o século 20. Há registros de que a febre amarela chegou no império brasileiro, um navio negreiro procedente de Nova Orleans, passando por Havana e São Salvador e atracando no Rio de Janeiro em 3 de dezembro de 1849 e já em 1850 foram atingidos 90.658 dos 266 mil habitantes do Rio de Janeiro, causando 4.160 mortes ou até 15.000 vítimas, conforme registros oficiais. Tentando um controle, o Sistema de Saneamento chegou a reunir pilhas de mortos nas esquinas da cidade, ateando fogo neles na busca de um controle das mortes que aumentava, dia a dia. Vetores do Aedes aegypti , vindo dos tambores usados no transporte de água potável dos primeiros navios a alcançar o Brasil e outros pontos americanos foram definidos como causas.

Com o agravamento da doença e por ação de duas crises violentas, uma em 1873 e outra em 1876, com cerca de 270 mil óbitos, foi criado um plano urbanístico para o Rio de Janeiro com nomeação de Francisco Pereira Passos, nomeado como engenheiro-chefe do Ministério do Império Brasileiro e o bacteriologista da saúde pública sob a liderança de Oswaldo Cruz. Em 1897-8 e 1900 ficou provada a ação do mosquito como hospedeiro intermediário da malária por ação conjunta dos pesquisadores Ronald Ross e Giovanni Battista Grassi, validando a Teoria de Finlay defendida no Congresso Médico de 1903. Enfim, o mundo científico se ajustava em direção ao mosquito Aedes aegypti, reconhecido como a causa da malária que assolava grandes regiões do planeta com milhares de mortes pelo mundo. O vírus alcançou com a Revolução de 30 um quadro alarmante destacando-se a febre amarela urbana e a silvestre, pesquisa com direcionamento da Fundação Rockefeller em 1932.Em 1937, as vacinas assumiram importante papel no controle da doença, em uso até hoje, produzida a partir do vírus 17D.

Em 1967, em razão de fortes projetos de controle da doença, e do intenso trabalho do Dr. Oswaldo Cruz e equipe, o Aedes aegypti, foi declarado controlado no Brasil e alguns outros países Sul-americanos, mas, voltaram a se registrar focos da malária em 1967, em especial no Pará e no Maranhão, e também em 1976 na Bahia e em 1977 no Rio de Janeiro, e em Santos no ano de 1980. Por descuido governamental, algum tempo depois, a malária estava de volta e agora com uma nova rotulagem de ‘ dengue’ com outros qualificativos e consequências, tem causado seríssimos problemas de óbitos e incapacidade física, em especial crianças, com grande força em todo o país.


Prof. Dr. Antonio Caprio – Tanabi – Ex-presidente do IHGG/Rio Preto; ex-vice-presidente do Comdephact/Rio Preto – Biólogo

domingo, 27 de julho de 2025

A PESTE NEGRA





Corria o século XIV e o mundo conheceu na Ásia uma onda de mortes humanas que se estima em vinte e cinco milhões de perdas humanas na Europa e no Oriente Médio certamente alcançou cerca de milhões de pessoas. Esta doença foi chamada de “Peste Negra”, que se acredita tenha sito iniciada nos anos 1330 na Província Chinesa de Yunan e tenha como vetor pulgas portadoras de germes hospedeiros de ratos e rapidamente escançou o Ocidente com transportadores mongóis na rota da seda. Já no ano de 1347. Os mortos eram empilhados sobre os muros da cidade facilitando de forma extraordinária a transmissão da doença. Logo a França, a Espanha, Portugal e Inglaterra estavam tomadas. Em 1531 a Alemanha, a Escandinávia e todo o noroeste da Rússia enterravam seus milhares de mortos. O Egito, o Líbano, a Síria, a Palestina e o Iraque, a Turquia enterrava centenas de seus mortos. A Peste assolava grande parte do planeta, em ainda no século XVI, a aristocracia sofria grandes baixas com a doença, e a Europa Oriental, inclusive a Rússia registrava grandes números de mortes e doentes e mortos que eram empilhados nas beiras das estradas. O mundo estava assustado com a Peste que a cada dia se propagava mais com o aumento do mercado marítimo pelo mundo e a chegada de novos navios nos portos era motivo de abandono do trabalho e da área ocupada.

A peste negra, foi no passado uma das doenças mais temidas da história da medicina. Na descrição médica, foi conhecida como peste bubônica, é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Yersinia pestis, transmitida principalmente por pulgas de roedores, encontrada em grande quantidade nos navios mercantes do passado. Ela se manifesta de diferentes formas, sendo a mais comum a bubônica, caracterizada pelo inchaço dos gânglios linfáticos que se rompem em razão da altíssima febre. A peste negra causou uma das maiores pandemias da história, dizimando milhões de pessoas na Europa medieval, tão temida quanto a sífilis ou mais modernamente a aids ou a varíola erradicada no Brasil em 1973.

Por ignorância natural da época, com a morte do imperador Kublai Khan, em 1294 um surto de desastres naturais assolou a China e o populacho atribuiu tais fatos à vingança dos deuses gerando revoltas camponesas em todo o país, aumentando, ainda mais, a quantidade de mortes, notadamente de crianças e idosos. Viajar foi proibido em toda a China gerando um período de isolacionismo que refletiu de forma assustadora na China, prejudicando a indústria e o comércio que foi destaque na dinastia Ming só melhoradas após o ano de 1644.



Prof. Dr. Antonio Caprio – Tanabi – Ex-presidente do IHGG e ex-vice-presidente do Comdephact/ Rio Preto – Biólogo.

quinta-feira, 24 de julho de 2025

CONSTITUIÇÃO





Tudo nasce do pensamento humano. Uma simples portaria, um estatuto, um regimento, um contrato, nunca é uma ideia isolada, perdida no espaço e nem num tempo, numa dança de letras mortas para nada e nenhum destes instrumentos e muitos outros que tentam estabelecer condutas humanas onde o tempo é o árbitro mudo, mas eloquente, desde os tempos memoriais da história humana. Como sempre foi difícil reger um grupo de forma homogênea, de cabeças pensantes, Karl Loewenstein, propôs um meio onde muitos pensavam da mesma forma, o que aconteceu por volta de 1215, em plena Idade Média, o advento de um texto que foi chamada de Magna Carta Libertatum e que foi apelidada de “ Lei da Terra” com real aplicação na Idade Moderna, onde o homem ocupava quase todos os cantos do planeta, ocorrendo no final do século XVIII o nascimento do Constitucionalismo moderno que foi chamado de Constituição e só em 1755 , gerou a separação dos poderes, na forma ‘tripartite’ mais tarde firmada pelo gênio de Montesquieu com a adesão da Constituição da Córserga, dos Estados da América e da França. O ano de 1787 estabeleceu a repartição efetiva dos poderes. Os Estados Unidos efetivaram a prática do Legislativo e do Judiciário independentes e harmônicos entre si. Nasce disto a supremacia da Constituição sobre as demais leis. O pedestal de tal processo é o alicerce o cumprimento dos deveres de cada um.

Deste processo nasce a figura do cidadão adquirindo o direito à vida, à liberdade, à privacidade, à igualdade perante as leis e isto gerou os direitos civis que não asseguram a democracia sem os direitos sociais representados pelo direito à riqueza, à educação, a um trabalho justo, à uma velhice mais confortável e mais saúde para si e familiares. A cidadania é a forma expressa da democracia e não há democracia sem uma constituição calcada em direitos e deveres. Uma Constituição, tal como todas as leis, é dinâmica e a batuta que a rege é o tempo e a própria sociedade. O Brasil já instituiu sete constituições (1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e a atual 1988. De forma a acompanhar o ritmo da sociedade e suas exigências, existem as emendas, que aprimoram a constituição, conforme o caminhar das sociedade e sua evolução. Da constituição derivaram e derivam as leis complementares, trabalhistas, eleitorais, tributárias, agrícolas, fundiárias e todo e qualquer momento jurídico que o tempo exige e a sociedade impõe aos sistemas governamentais, visto que o direito é dinâmico e atrelado à própria exigência do Estado como ente jurídico fundamental à existência de uma sociedade mais justa conforme o tempo o exige. A Constituição é o nascedouro da própria sociedade, embora desvios existam e que força lideranças de uma sociedade a adotar desvios perigosos e muitas vezes fatais.

Prof. Dr. Antonio Caprio- Tanabi ex-presidente do IHGG, atual conselheiro e ex vice do Comdephact S.J.R.Preto.


PUBLICADO HOJE (24.-7.2025, PAGINA 2 ) NA COLUNA ‘ARTIGO ‘’DO JORNAL DIÁRIO DA REGIÃO.

segunda-feira, 24 de março de 2025

A PÁSCOA

 


O calendário cristão tem na Páscoa uma de suas mais tradicionais festas e seus alicerces se sustentam na tradição judaica e em elementos pagãos com raízes nos povos germânicos. A data é móvel e retrata a crucificação e a ressurreição de Cristo. Páscoa significa passagem e vem do hebraico ‘ Pessach’.

A Páscoa judaica lembra a libertação do povo judeu da escravidão egípcia. Na aurora dos tempos ela era comemorada no início da primavera. Dizem os escritos antigos que a libertação do povo hebreu foi uma ordem direta de Javé a Moisés e a transmitiu ao povo hebreu e se transformou numa ordem imperiosa de Jeová.

A Páscoa Cristã é diferente das demais páscoas. O Cristianismo é uma seita derivada do Judaísmo e neste aspecto, a Páscoa relembra os três dias da morte até a ressurreição de Cristo, que é o pilar principal da fé cristã. Os conceitos sobre a Páscoa se misturam e acabam por resultar em definições que se mesclam com várias religiões e seitas da antiguidade. Cristo é reconhecido como o “Cordeiro de Deus” que se ofereceu em sacrifício para salvar a Humanidade do pecado. Morto, foi crucificado e, por intercessão de José de Arimatéia, foi sepultado em túmulo de sua propriedade de onde, rezam as tradições, ressuscitou e foi visto por Maria Madalena, uma de suas seguidoras e depois se manifestou aos apóstolos em algumas ocasiões até ascender de forma definitiva como havia pregado.

No calendário cristão criou-se a quaresma, um período de quarenta dias, lembrando o exílio voluntário de Cristo no deserto, marcado por jejuns. A parte final deste período é chamada de “Semana Santa”, marcada pelo ‘Domingo de Ramos’, marco da entrada triunfal de Cristo em Jerusalém. A Sexta feira Santa marca a paixão do Cristo e sua crucificação seguida do domingo de Páscoa, celebrativo da ressurreição.

Estes ‘momentos’ ficaram misturados na linha do tempo até que a Igreja, durante o Concílio de Nicéia, em 325 d.C, fixou o primeira Lua cheia após o equinócio, início da primavera no hemisfério norte, para se iniciar as comemorações da Páscoa. O Cristianismo é uma mistura, um amálgama de tradições pagãs, com vários pontos nascidos dos povos germânicos pagãos. Historiadores se relacionam à deusa germânica Eostern, também de nome Ostara, como um forte elemento dentro de todas as demais tradições. Os Celtas cultuavam esta deusa, que alguns se relacionam à Maria, mãe de Jesus. As festas em homenagem a deusa Eostern eram realizadas de forma simultânea com as comemorações das festas cristãs. O coelho e os ovos, símbolos da fertilidade, são elementos pagão e foram inseridos nas tradições por imigrantes alemães no século XVIII.

Uma das obras de arte mais conhecidas da presença e vida de Jesus no meio humano é a Santa Ceia, de Leonardo Da Vinci.

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Profº Dr. Antonio Caprio – Tanabi – Ex-presidente do IHGG/Rio Preto e atual conselheiro. Está inscrito como membro da ACILBRAS - Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil - sucursal de Votuporanga, cadeira 910, Membro da Associação da Revolução de 1932- S.J.R.Preto. Foi membro-representante junto da ARLEC/Rio Preto até 2022.