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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

PORQUE FEVEREIRO É DIFERENTE




Fevereiro tem vinte e oito dias, em calendário normal. Em ano bissexto, tem vinte e nove. Os demais meses do ano tem trinta e trinta e um dias. Tudo começou ainda na antiga Roma quando foi criado o calendário Gregoriano, isto lá pelos idos de 1582, com a participação do Papa Gregório XIII. A Igreja dominava esta e outras áreas de conhecimento. A maior ‘dor de cabeça’ que tiveram foi na criação do ano bissexto. Mesmo antes disto tudo o assunto já era estudado e debatido no mundo civilizado antigo e a Astronomia era a base de toda discussão com a fixação dos equinócios e solstícios, ou seja, das estações do ano, que ocorrem em dezembro e junho, marcando o início do verão e do inverno. A duração do dia foi fixada em 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. As fases da Lua foram bases em tais estudos. Cada fase da Lua foi fixada em 29,5 dias, dando origem ao mês solar, e isto porque a Lua apresenta as fases Nova, Crescente, Cheia e Minguante, cada uma durante cerca de 7 dias, daí o ciclo completo apresentar 29,5 dias. O Imperador Cesar Augusto e seus astrônomos definiram que o ano tem 365,25 dias, ou seja, 365 dias e 6 horas e que a cada 4 anos, teríamos um dia a mais no ano( 6x4=24) nascendo daí o ano bissexto, exceto nos anos múltiplos de 100 que não são múltiplos de 400. Matemática pura.

É bom que se destaque que na Roma antiga os dias, meses e anos eram importantíssimos para o cálculo da alimentação os cavalos e soldados utilizados nas guerras e processos de dominação dos territórios, bem como o tempo em que o Imperador e seus assessores iriam ficar fora da capital e como seriam divididos os períodos em cada região de conflitos. O segundo rei de Roma, Numa Pompilius, teve a seu encargo definir a duração dos meses, suas denominações e as adequações matemáticas, fatos que causaram enormes confusões até se chegar a um consenso comum e que funcionasse, não só matemática como devidamente adequado à movimentação e iluminação do planeta nos ciclos anuais, devidamente encaixadas as questões do solstício e do equinócio, tarefas bastante complicadas em razão, especialmente, da ausência de telescópios e engenhos calculatórios.

Toda esta matemática tem a ver com o tempo que a Terra demora para dar uma volta em torno de si mesma igual a 24 horas. Por sua vez, como já vimos, o planeta demora 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos para completar uma volta em torno do Sol, chamado ano que é dividido em 12 meses. Nova questão nasceu visto que no final das contas sobravam 6 horas. Foi fácil se deduzir que o calendário precisava ser adequado e incluídas as 6 horas, que em 4 anos, perfaziam 24 horas, ou seja, um novo dia de 24 horas que não podia ser desprezado. Novas readequações matemáticas e ficamos com meses de 30 e 31 dias, e um novo com 28 ou 29 dias. Isto ocorreu há cerca de 2.200 anos, na Alexandria.

O grego Sosígenes foi o responsável pela criação do ano bissexto, determinado pelo imperador Júlio Cesar, que ordenou que o dia discrepante do calendário fosse acrescido ao dia 28 de fevereiro, dia sexto antes das colendas de março, que em latim fica: “bis sextum ante diem calendas martii”, que simplificadamente fica ‘ bissexto’. Os chineses fixaram seus calendários com base nos movimentos da Lua, dividindo o tempo em ciclos de 60 anos, porém o calendário gregoriano se mostrou mais simples e muito mais prático e acessível ao conhecimento público.