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segunda-feira, 4 de março de 2024

QUARESMA





O mundo cristão vive, após o carnaval, um período de reflexão, introspecção e penitências. São 40 dias que antecedem à Páscoa que tem a ver com a morte do mais alto líder espiritual cristão: O Cristo. A história da quaresma é de origem controversa, mas os estudiosos entendem que o costume começou a ser utilizado por volta de 325 d.C. e foi matéria de intensa discussão no Concilio de Nicéia que se realizou na atual Turquia no século IV, d.C. O calendário litúrgico cristão é originado de tradições que se perdem na linha do tempo e a astronomia e a própria astrologia tem muito a ver com as datas usadas durante todo o ano cristão. A quaresma é uma intensa preparação que precede as comemorações da Páscoa relacionada à ressurreição de Jesus. O marco inicial da quaresma é a Quarta-Feira de Cinzas e o marco de encerramento desta fase é o Domingo de Ramos. A partir da idade Média é que a prática da Quaresma foi incrementada na Quarta-feira de Cinzas, estabelecida oficialmente por Gregório I, papa de 590 a 604.

Há uma parte dos teólogos que entendem ser a quaresma de 46 dias indo da quarta-feira de cinzas até o sábado de Aleluia. Outros, e entre eles o Papa Paulo VI, que entendia ter a quaresma 44 dias indo até a quarta-feira santa. A quaresma alcança católicos, ortodoxos, luteranos e anglicanos com algumas variações, mas de um mesmo alicerce. Os evangélicos originários do luteranismo não observam a quaresma. O simbolismo domina praticamente todos os momentos religiosos, mas o catolicismo é o quem mais ostenta este aspecto. Na quaresma, as igrejas católicas decoram os templos com a cor roxa e algumas cobrem todos os santos, e alguns outros símbolos, com panos roxos, simbolizando a dor e a penitência, a primeira relativa ao sacrifício de Jesus e a segunda pelos atos que os cristãos devem praticar no período ‘quaresmano’, destacando que no seio da Igreja Católica são 24 Igrejas, ou seja, são 24 ritos diferentes, apesar de que todos são ligados a Roma e ao Papa, como seu pastor supremo.

Com origem no latim, quaresma refere-se à palavra quarenta, que no grego é “tessarakonta” o mesmo se dando nas nações de língua espanhola, italiana e francesa, e novamente se relaciona aos quarenta dias que cristo ficou no deserto em jejum e plena introspecção. O estudo as decisões sobre a quaresma acabou por desaguar numa prática comum da padronização da data da Páscoa com fundamentos no jejum que os cristãos orientais faziam antes da Páscoa e nos batismos pascais, com variações apenas quanto à duração dos atos. Neste contexto, o Mistério Pascal de Jesus Cristo é a ideia central, em especial sua paixão, morte e ressurreição.


Tanabi, fevereiro de 2023.

Prof. Dr.Antonio Caprio - historiador. Membro da ACILBRAS – Academia de Ciências e Letras do Brasil, sucursal de Votuporanga, cadeira 910 e paster-presidente do IHGG - Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de S.J.R.Preto.




QUEM TEM MEDO DA IA?

 




Muitos e não só os incultos. Intelectuais de diversas áreas temem a Inteligência Artificial. Ainda existem quem tenha medo da Internet, do computador, da vacina e até do celular. Ignorância apenas, mas não só.

A IA é o futuro. Ensina como criar máquinas para trabalhar para melhorar a vida do ser humano, inclusive dos que a temem. Não é apenas uma ferramentazinha. É a inspiração para um futuro melhor. Lembro-me, e bem, do primeiro transplante de rim (1973), de coração(1967), do cérebro, dos reimplantes de órgãos decepados, das garrafadas de infusões contra as dores e males do corpo, da terrível vacinação contra a varíola com penas metálicas, das inesquecíveis bolinhas de óleo de rícino distribuídas nas escolas, das pinceladas de garganta que ardiam até a alma e o perigo de se contaminar com caxumba, tuberculose, lepra, tosse-comprida, paralisia infantil, varicela, catapora e dezenas de outros males. Será que a IA veio inclusive para mudar isto? Por quê não? 

Agora os transplantes salvam e prolongam vidas e já é hora de olhar bem além dos medos e das incertezas e o mais importante, abandonar o espírito da ignorância. Claro que o mal uso da IA pode gerar problemas, e muitos, nas várias áreas do saber humano, em especial na área de comunicação. É assim e sempre foi assim. Negar que a IA não é um avanço tecnológico é nivelar o homem do século XXI aos das cavernas. A IA é uma realidade. Veja o avanço da microcirurgia, inclusive cerebral, do ultrassom, da hemodiálise, da radioterapia, da cirurgia sem corte e quase nenhuma invasão orgânica.

Preocupo-me, aqui, das coisas mais simples. Uma coisa, porém, é certa: a IA está perseguindo o cérebro humano há séculos. Fugir dela é indesculpável. Há vantagens? Sim. Interpretação imediata de exames complexos, estabelecer comparações, arquivamento e comparações até a longas distâncias, inibe ou anula o cansaço nos processos médicos facilitando os estudos e aprimoramento de estudos humanos até bem pouco tempo inacessíveis. 

O desenvolvimento de uma vacina levava décadas e hoje acontece em espaço de tempo muito menor e com mais garantia de êxito. É o futuro batendo às nossas portas? Negar é preocupante.

O pior inimigo da IA e da evolução, nos vários segmentos da ação humana, é a desinformação. E ela está em ‘alta’ em especial nos meios educacionais e profissionais. Há carreiras que não correm perigo com a evolução da IA como os trabalhos criativos e próprios da essência humana, o princípio da empatia, as profissões educacionais, da saúde, a execução da lei, a ação dos magistrados, dos psicólogos, dos terapeutas, dos pesquisadores e outros próprios da ação humana direta. Imaginem quando sofreram Louis Pasteur(raiva), Osvaldo Cruz (febre amarela) Carlos Chagas (Trypanossomíase) e outros.
A IA é o futuro, e não devemos temê-la, pelo contrário.


Prof. Dr. Antonio Caprio – Tanabi – Biólogo. Membro da ACILBRAS, Academia
de Artes, Ciências e Letras do Brasil, sucursal de Votuporanga,cadeira 910, e
membro-conselheiro do Instituto Histórico Geográfico e Genealógico /Rio Preto.