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segunda-feira, 22 de julho de 2024
O HOMEM NA LINHA DO TEMPO
A Ciência evolutiva humana afirma que o 'Homo erectus', os neandertais e outras linhas evolutivas ditas humanas vagavam pela superfície terrestre há cerca de 2,5 milhões de anos. Se alimentavam de animais selvagens, de sementes e frutos nascidos naturalmente, sem que se plantasse ou criasse nada.
A regra era se fixar às margens nas proximidades de grandes rios para garantir a água necessária. Esgotada a alimentação em uma determinada região, transferiam-se para outra e assim o processo continuava.
O leste da África era habitado pelo Homo sapiens e na longa linha do tempo alcançou o que hoje é o Oriente Médio, alcançando Europa e Ásia e bem depois a Austrália e finalmente a América.
Assim nos ensina Yuval Noah Harari , em sua obra “Uma breve história da humanidade”, deixando certo que foram necessários cem mil anos para que todas as espécies se afunilassem no Homo Sapiens.
A vida errante gerou um conjunto enorme de problemas e a fixação do homem à terra teve forçosamente que ser assumida.
Perceberam os humanos que, sementes geravam fontes de alimentos, que animais selvagens poderiam ser domesticados, que a terra poderia ser cultivada, que plantas poderiam ser transplantadas e com isto nasceu a agricultura e esta fixação começou a gerar a formação de comunidades, famílias, lideranças e disputas de várias formas, não só entre grupos afins como entre grupos mais distantes ou diferentes sob várias formas.
Nascia a sociedade humana e nascia também disputas impressionantes que levaram ao afastamento dos grupos gerando raças e um mundo totalmente novo e competitivo. É claro que esta nova fase durou séculos e até milênios.
Mesmo que de forma incipiente começou a ser gestado o comércio, a troca de produtos e a descoberta de recursos naturais diferentes, como o petróleo e os minerais gerando novas etapas de intercâmbio entre os grupos alterando de forma substancial a vida cotidiana.
A descoberta e o domínio do fogo equivalem à descoberta e domínio da agricultura e da pecuária. Inaugura-se no planeta as queimadas para obtenção das terras necessárias para a produção de alimentos cada vez mais exigente atrelada ao aumento populacional.
Famílias se formaram, onde esposas, que não era apenas uma, tinha vários filhos e filhas e isto com implicava na questão de conseguir alimento. Vemos quadros egípcios datados de 1.200 a.C. onde bois servem como puxadores de arado para o plantio de alimentos. Antes, os próprios homens, notadamente os mais fortes, eram os puxadores. Isto evidencia o uso de animais de carga, indicando mais um domínio dos seres ditos humanos em seus cotidianos.
Homens e animais agora viviam juntos e um dependia do outro, chegando-se ao ponto de respeitar alguns animais como deuses. O Imperador Calígula, por exemplo, tentou nomear seu cavalo 'Incitatus' como cônsul romano. Bois de ouro foram objetos de adoração nos primórdios da sociedade humana.
A revolução agrícola divide o mundo científico, tendo uma linha que defende a revolução como prejudicial e outras como o fator mais importante na evolução do homem no planeta. Os coletores e produtores de alimentos criaram ‘casas’ de pedra, de madeira e de barro, cobertas com sapé, dando início a uma vila sedimentada que não aceitava mais o sistema nômade como viável. Nascem os vilarejos, as cidades e os arranha-céus. O carro-de-bois e as carroças ganharam motores e o modernismo chegou para ficar.
Dr. Antonio Caprio - Tanabi - Biólogo. Membro Conselheiro do IHGG- RioPreto
LIBERDADE
A palavra nasceu do latim ‘libertas’ e de maneira geral quer dizer condição daquele que é livre. E o que é ser livre? É a ausência de submissão ou mesmo de servidão. Filosoficamente pode caminhar pela via religiosa indicando o livre arbítrio. Em termos políticos modernos, liberdade implica estar livre dentro da sociedade bem como das restrições opressivas impostas pelas autoridades constituídas. Já na Roma antiga, Marco Aurélio (121-180 d.C) afirmou, sinteticamente, que a lei serve para todos e os direitos são iguais, o mesmo acontecendo com os deveres. A sociedade moderna criou diferenças entre a liberdade de agir e liberdade como ausência de coerção (John Stuart (1806-1873). Já Isaiah Berlin (Dois conceitos de liberdade) diferenciou liberdade positiva de liberdade negativa, onde nesta, o indivíduo é protegido da tirania e do exercício arbitrário da autoridade e na primeira implica nos elementos fraqueza e medo. O conceito grego original de liberdade está intimamente ligado ao conceito de democracia, segundo Aristóteles.
O homem é, antes de tudo, livre para definir-se, para se encerrar, para se esgotar a si mesmo à exaustão. Voltaire exprimiu bem o direito à liberdade quando afirmou que “não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até o fim para que você tenha o direito de dizê-lo”. Já T.Hobbes escreveu “ homem livre é aquele que não é impedido de fazer o que tem vontade no que se refere às coisas e que pode fazer por sua força e capacidade”. Descartes sintetizou bem a liberdade quando afirmou que “A liberdade consiste unicamente em que, ao afirmar ou negar, realizar ou enviar o que o entendimento nos prescreve, agimos de modo a sentir que, em nenhum momento, qualquer força exterior nos constrange”. Por sua vez, Kant diz que “ser livre é ser autônomo, isto é, dar a si mesmo as regras a serem seguidas racionalmente”. Jean Paul Sartre rebate e diz que “a liberdade é a condição ontológica do ser humano. O homem é antes de tudo, livre”.
Será que todos são livres?
No campo da Filosofia, a liberdade é enquadrada como a independência do ser humano quando respeitada sua autonomia, autodeterminação, espontaneidade e intencionalidade. O Direito reconhece a liberdade do indivíduo quando se registram a liberdade de pensamento, de opinião, de expressão, a liberdade religiosa, de imprensa, de ir e vir e condicional. Portanto liberdade é independência.
Será que todos são independentes?
Prof. Dr. Antonio Caprio- Tanabi. Conselheiro do IHGG- São José do Rio Preto.
quinta-feira, 11 de julho de 2024
UM POUCO DE HISTÓRIA - A GUERRA SULAMERICANA
Corria o ano de 1831 e Dom Pedro I abdica ao trono brasileiro. O Filho Dom Pedro II, então com cinco anos fica no país, seguindo-se períodos de regência até que aos quinze anos o então menino se torna Imperador do Brasil. No vizinho Paraguai, Solano Lopez, aos dezoito anos se torna general por força do pai. O cenário estava pronto para o conflito mais sangrento da América do Sul. O Paraguai tinha cerca de sessenta mil homens em seu exército e ambicionava uma saída para o mar. Soldados blancos e colorados digladiavam em busca de um pretenso poder bélico. O Brasil tinha cerca de dezoito mil homens sem treinamentos de guerra. A Bacia Platina era o projeto. Era preciso consolidá-la. Em 1864 Exército paraguaio, tendo à frente Solano Lopez, que dá início a um plano de dominação da região e sequestra o governador de Mato Grosso, hoje do Sul, invadindo o Brasil.
Em 1 de maio de 1865 o Brasil reage e recruta forças com a adesão dos “Voluntários da Pátria”. e se associa à Argentina contra o Paraguai. Em 26 de dezembro de 1864 embarcação brasileira navegava pelo rio Paraguai em direção a Cuiabá quando ocorre a invasão de Mato Grosso, hoje do Sul, pelos paraguaios que durou até por volta de 1868. O Brasil havia se posicionado a favor dos colorados e contra os blancos, que eram aliados de Solano Lopez. A razão do antagonismo eram os ciúmes das forças entre si. Era o primeiro sinal da guerra mais sangrenta da América do Sul. Solano Lopes encaminha suas forças em direção ao Rio Grande do Sul, para dar apoio aos blancos. Solano invade Corrientes, e isto colocou a Argentina em nível de guerra. Nasce a tríplice Aliança unindo o Brasil, a Argentina e o Uruguai. Em 1865 acontece a Batalha do Riachuelo. Advém da crise a maior batalha campal que se tem notícia envolvendo cerca de quarenta mil homens. (Tuiuti). Ocorrem cerca de doze mil mortes. À frente do combate estava o General Osório. O território brasileiro era de difícil acesso dando força às tropas de Solano. Buscou-se um acordo que não aconteceu e acirrou ainda mais o conflito. Dom Pedro II se complicou com seus políticos e favoreceu enormemente o surgimento de notável força em favor da República. O Paraguai estava em vantagem no conflito e rejeitou o acordo. É assassinado o presidente uruguaio, Venâncio Flores em 1868. É deflagrada a batalha de Curupaine que deixa dez mil mortos.
Assume o conflito o brasileiro Duque de Caxias, que reorganiza as forças brasileiras. Em 1868 as tropas brasileiras adentram a capital do Paraguai. Ocorre grandes saques desmoralizando as tropas brasileiras. Caxias se demite. Assume o genro de Dom Pedro II, o Conde D’Eu. Acontece o último conflito – a Batalha de Campo Grande. A cavalaria ataca e persegue Solano Lopez que foge. O conflito se dissolve e deixa um rastro de cerca de setenta mil mortes do lado aliado e afirmam que do lado do Paraguai o número se aproxima de trezentos mil, entre soldados e civis. O Paraguai foi o país que mais sofreu com a guerra. O Brasil, por sua vez, sofreu um duro golpe dos republicanos, acabando por derrubar o II Império, abrindo caminho para a Proclamação da República e o banimento da Família Imperial.
Prof. Dr. Antonio Caprio – Tanabi - historiador
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