Caro visitante:

Seja bem vindo e divirta-se! Em nosso maluco mundo atual, o que não falta é assunto para comentar...ah, e não deixe de cadastrar seu e-mail aqui ao lado esquerdo da tela para receber novidades deste blog.

domingo, 13 de novembro de 2011

EVASÃO ESCOLAR - PROBLEMA DE TODOS NÓS.

           

           Houve tempo em que a escola era o ‘templo do saber’. Era a porta de entrada do futuro. Era o passaporte da esperança de um mundo melhor e de uma sociedade consciente de seu importante papel no contexto social como um todo. Estar na escola era estar no mundo.
O que será que mudou nestes últimos anos? Quem mudou, a escola, o aluno, a sociedade ou ninguém mudou nada?
A escola foi elitista, bem o sabemos, em especial até a década de 60. Era exclusiva, afirmam alguns pedagogos de bonde com o trem da mudança necessária. Hoje é inclusiva e a isto chamam de modernismo necessário e pedagogicamente correto. “Antes” a escola era para poucos, hoje é para todos. A inclusão, com seus exageros acobertados por uma capa de modernidade, leva para a escola alunos com todas as dificuldades físicas, psicológicas, neurológicas e o professor é o grande amortecedor de todos estes problemas, o verdadeiro ‘saco de pancadas’, o grande responsável por todas as mazelas educacionais que brotam todos os dias dos cérebros dos dirigentes instalados nos elevados postos da educação em todos os municípios, estados e país. O cipoal legislativo é assustador.
A lei maior e todos os sucedâneos nos graus menores, determina que os responsáveis pela educação são a família, o estado e a escola.  É público que os fracassos escolares são de responsabilidade da família, do estado e da escola. Em alguns momentos colocam o estado na ponta das críticas, mas na grande maioria dos textos legais aparece como base a família. O aluno nem é lembrado, já que ele é a “razão e a causa” de tudo. O elenco de responsáveis pela evasão escolar deságua na diferenças de classes, na desnutrição pregressa, no trabalho, na gravidez precoce e por último e fortemente acelerador, nas drogas. Os fatores internos, como a não valorização do aluno pela escola no universo cultural do aluno, e nos fatores externos o trabalho e a necessidade de ‘ajuda no orçamento doméstico’, incham ainda mais as estatísticas da evasão.
Há pedagogos que proclamam aos quatro cantos educacionais que o desinteresse do aluno pela escola se alicerça na falta de atrativos escolares, como se a escola tivesse de ser um circo onde todos os espetáculos devem ser diferentes e motivadores, e o professor, o ‘grande artista’, o ‘grande astro’.
Balela. O aluno está se afastando da escola porque existem outros atrativos ‘lá fora’ fortes, bem próximos e muitas vezes na porta da sala de aula ou no portão da escola. Mulas ganham muito bem para fazer da escola um péssimo lugar, a não ser para a distribuição dos produtos que oferecem e sustentam o vício de uma larga e crescente clientela.
O professor tem de cumprir a programação escolar. É cobrado pelo coordenador que por sua vez é cobrado pelo diretor, que é cobrado pela Diretoria de Ensino e esta pela Secretaria da Educação, e o que é pior, esta pelos índices estatísticos que devem ser mostrados ao mundo.
Neste ‘baile’ sem maestro e com conhecidos músicos, a escola se torna chata, sem atrativos, sem propósitos e o que é pior, sem apoio da própria família que deveria ser a regente de todo este concerto.  Como aperitivo temos a promoção continuada, as reclassificações, os teatros dos conselhos de classe e ao final, a grande vilã, inverso de tempos atrás, a escola.  
É preciso mudar tudo neste tabuleiro chamado educação. Por onde começar, a quem cabe iniciar este processo, o que fazer?
De nada adianta caçar as bruxas. Isto não levará a nada e a nenhum lugar.
Todos devem agir e só com uma  profunda revolução educacional se poderá pensar em termos de futuro para este país. 
Tempo confuso, este que vivemos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário