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terça-feira, 26 de junho de 2012

A MENTIRA E A VERDADE




Mentira: Ato de mentir, impostura, fraude, peta, potoca, lorota. Engano dos sentimentos ou do espírito; erro, ilusão. Isto dizem nossos  dicionários.
Esta palavra tem causado aos seres humanos sérios problemas em toda ordem de conhecimento e em todas as suas lides, em especial quanto à ética, o direito, a filosofia e a religião. Mentiras se fundaram em um alicerce enorme de conceitos errados  num perfeito e constante confronto com a verdade, definida como aquilo que está de conformidade com o real, coisa verdadeira.
A Ciência define como verdade ‘adequação estabelecida entre aquilo que representamos e aquilo que percebemos e na conformidade existente entre o que enunciamos e os princípios lógicos que regem o nosso pensamento’.( Filosofia- ciência & Vida,p.37,nº70) Para a religião judaico-cristã, a questão da mentira está solucionada, visto que mentir é um pecado mortal, uma violação dos direitos divinos. Na Igreja Católica a verdade é vinculada a um ‘dogma de fé’ que ela mesmo interpreta à sua maneira. Lutero e Calvino caminharam pela trilha da ‘verdade revelada’. Em todas as linhas religiosas a questão da mentira é tratada no interior das igrejas e não chegam, nem de longe, a um ligeiro acordo. Os iluministas não admitem tratar a mentira como um dogma de fé e repudiam a infabilidade papal. Entendem que a questão da mentira deve ser tratada em termos da ‘Razão’, aceitando parcialmente os ensinamentos de Kant, Schopenhauer e Constant. Não há o que se falar da mentira sem se aprofundar na verdade.  Platão se perguntava: Se a verdade não pode ser tratada como um dogma de fé, tal como a mentira, como estabelecer o que é a mentira ?
Millôr Fernandes dizia: mentimos mesmo quando estamos sozinhos; jamais diga uma mentira que não possa provar; é inútil apontar alguém como mentiroso. Todo mundo é. (Revista Veja,5.10.2005). Schopenhauer entendia que o homem injusto é aquele que provoca algum dano a outrem e um homem injusto é um homem mentiroso visto que ofende ao princípio justiça/injustiça. Reconhece, contudo, que o homem tem o direito de mentir nas situações em que uma acusação indevida, intromissiva e indiscreta nos exponha ao ridículo ou nos traga qualquer dano moral, físico ou material.
Friedrich Nietzsche, tece conceitos sobre a ‘verdade’ e a ‘mentira’ de forma conceitual e filosófica. Afirma que ambas as expressões são meras ‘metáforas’- quando a significação da palavra em que o significado natural é substituído por outra com que tem relação de semelhança- perguntando: “O que sabe o homem a respeito de si mesmo? De onde neste mundo viria o impulso à verdade?. Responde : Até mesmo o conceito rigoroso e frio da matemática é somente resíduo de uma metáfora. Pilatos perguntou a Cristo: O que é a verdade e não esperou a resposta, voltando a falar com os  judeus, deixando-nos sem a resposta do Mestre

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