O homem sempre buscou na natureza vegetal a cura de seus males básicos. Aprendeu, inclusive com os animais, que determinados tipos de vegetais poderiam melhorar ou até curar seus males cotidianos. Os minerais entraram na luta e alguns começaram a ser usados, em especial nas feridas por flechas e até machados de guerra e lanças que o homem passou a se valer em suas constantes disputas, interna ou externa a seus grupos e etnias.
Nasceu, na esteira do tempo, a alopatia, que trata os males com substâncias contrárias à doença ou mesmo a um ferimento. Por ser de ação rápida, este método ganhou o mundo médico e ainda hoje se sobressai nos meios da medicina. Não se pode esperar muito tempo e isto tornou o tratamento tipo “tomou doril a dor sumiu”.
Como soe acontecer em todas as frentes de estudos, nasceu a homeopatia que se baseia no principio da semelhança. Afirma que uma substância causa certo mal-estar em altas doses em uma pessoa saudável, logo, se for usado o método fracionário, com pequenas doses, o organismo criará, sozinho, a quantidade necessária para a desejada cura do mal. O próprio corpo otimiza o poder de autocura valendo-se do conhecido processo da homeostase. Pasteur, Cohn e Koch se valeram desta ideia para criar suas vacinas e seus soros. Emil Adolf von Behring deu a esta ideia formato final ao transferir soro sanguíneo de pessoa curada do tétano para outra ainda não submetida ao soro e alcançou a cura do possível terrível mal. O tratamento radioterápico de certos tipos de câncer segue o mesmo raciocínio.
Florey, pesquisando a penicilina, em 1943, demonstrou que a penicilina pura pode impedir o desenvolvimento de micro-organismos sensíveis em diluições de 1 para 50 milhões e de 1 para 100 milhões. A homeopatia caminhava, tal e qual sua ação, de forma diluída, mas presente, e sem pressa. Nasce em 1755, na Alemanha, Samuel Hahnemann. Seu mestre Hipócrates, parece que nele foi renascido. Na linha da alta diluição e fortes agitações, a homeopatia provoca no organismo estímulos que geram substâncias necessárias à supressão dos sintomas, proporcionando alívio e, num certo lapso de tempo, a cura de males dos mais diversos. Esta a proposta, a ação e este o método utilizado nesta terapia. Usando a terminologia mais atual, tratamentos seguem o principio das nano doses, levando a pessoa a benefícios terapêuticos e imunológicos sem nenhum perigo de toxidade como pode ocorrer na alopatia.
No Brasil a homeopatia é uma especialidade médica e também pode ser uma especialidade farmacêutica, médico-veterinária e odontológica. A ANVISA possui resoluções voltadas para este estudo. São mais de 15.000 profissionais e centenas de farmácias homeopáticas em ação no território brasileiro. A homeopatia é reconhecida como Ciência em várias partes do mundo.
Através do que a doença é produzida, podemos curar o corpo. Por que não?
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