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terça-feira, 16 de julho de 2019

DINHEIRO, A MOLA DO MUNDO



Atualmente o dinheiro move o mundo em todos os segmentos humanos, mas nem sempre foi assim. A história do dinheiro é assunto que entendo deva ser do conhecimento de todos, visto que esta história se confunde com a própria história evolutiva do homem na extensa linha do tempo no planeta Terra. Os Sumérios, por volta de 3.000 a.C, tinham como ‘ dinheiro’, grãos de cevada medida em ‘sila’, equivalente a mais ou menos um quilo. 

Na antiguidade, e em todo o mundo, a forma de se obter o dispor de bens era a troca. Quem tinha cabras podia trocar com porcos; quem tinha porcos poderia trocar com cavalos, grãos, sal, bem muito valorizado e de onde surgiu a palavra ‘salário’, tabaco, açúcar, fios, tecidos e outros, num processo chamado ‘ escambo’. O sistema era feito em feiras ou diretamente entre as partes interessadas. No Brasil de antes de 1500 o pau-brasil era “moeda” forte. Na África os fios, novelos, o tecido, o pano comum feito em tear, o couro de animais, penas e muitos outros. 

Hernán Cortez, quando invadiu o México em 1519, causava estranheza aos astecas pelo interesse extraordinário pelo ouro, metal bonito, fácil de trabalhar, até abundante e que era usado para fazer estátuas, joias, mas sem nenhuma noção de riqueza, ao contrário dos invasores espanhóis. Os astecas usavam como forme de troca o cacau (grãos), rolos de tecidos, cascas de árvores para produzir tintas, raízes para remédios e jamais o ouro ou mesmo a prata, também quase sem valor visto que não servia nem para fazer armas. Vigia, nestes tempos, a Revolução Agrícola. Quem produzia alimentos trocava com outros alimentos. Regiões trocavam entre si os produtos que melhor produziam e de melhor qualidade, gerando cidades especialistas em cerâmica, em vinhos, em tecidos. Os sapateiros, os médicos, os advogados trocavam seus serviços conforme suas necessidades. As maiores dificuldades se fixavam na quantidade de um em troca da quantidade ou benefício do outro. Aí o escambo entrava para resolver a situação e vencia, sempre, o que mais precisasse. Haviam até ‘árbitros’ especialistas nestas negociações. 

O dinheiro não se resume apenas em moedas, cédulas ou títulos. A palavra, embora quase sem uso, se resumia em tudo o que você tinha em excesso e trocava com o que outro tinha disponível. Cigarros foram, e ainda são ‘moedas’ em campos de guerra e presídios, e mais modernamente, drogas. Entre algumas tribos, conchas eram valiosas nas transações. Em Auschwitz, um pedaço de mão equivalia a 12 cigarros. O dinheiro é, portanto, um meio universal de troca que permite que as pessoas convertam quase tudo em praticamente qualquer outra coisa, diz Yuval Noah Harari, em seu livro “Uma breve história da Humanidade – Sapiens, p. 186. As dificuldades no transporte dos bens trocados, deu margem à criação das moedas, cunhadas pelo poder reinante para ter validade e com peso de metal raro equivalente ao custo da transação, ou papeis equivalentes como o cheque, a promissória, a duplicata e mais modernamente o cartão de débito e crédito e outros meios vigentes no mercado mundial. Isto mudou o mundo do escambo. 

O dinheiro é, de forma clara, uma manifestação expressa de confiança. É apenas um pedaço de papel colorido e com a assinatura do chefe do Tesouro Nacional, falsificável de forma constante em todos os pontos do mundo. A confiança ainda é a base de tudo. Durante séculos, os filósofos e profetas demonizaram o dinheiro e ainda o consideram as raízes dos males. É ele o único sistema criado pelos humanos que pode transpor qualquer abismo cultural ou religioso e não discrimina raça, gênero, idade ou orientação sexual. O dinheiro não exige que se conheça o que dele se vale para suas transações, em todos os níveis. Tem convertibilidade e confiança universal. 

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