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quinta-feira, 31 de março de 2022

REVOLUÇÃO OU GOLPE DE ESTADO?






(síntese - o início)
 
O fim da Quarta República – 1946/1964, aconteceu do dia 31 de março de 1964, madrugada de 1º de abril de 1964, exatamente há 58 nos. O comando do movimento determinou que a data fosse registrada como 31 de março porque temiam o dia 1º de abril – dia da mentira. Iniciava-se no Brasil uma ditadura militar que durou de 1964 a 1985 – 21 anos de um governo de exceção. O presidente, Jânio Quadros, num golpe mal planejado, e por ação do presidente do Senado Áureo de Moura Andrade, que agiu sob ordens do grupo militar, teve de renunciar cargo em 1961 e um bloco de militares e civis impediram a posse do vice-presidente, João Goulart num conturbado processo, que passou até por um breve sistema parlamentarista. Em 2 de abril assumiu internamente o governo uma junta composta de três deputados, ficando como presidente Ranieri Mazzilli, totalmente submisso aos líderes do movimento. 

Depois de muita manobra política, assumiu o governo o marechal Humberto Castelo Branco, um dos mais velhos do grupo militar, tomando posse no dia 15 de abril de 1964, por eleição indireta e sob forte pressão contra os deputados, sendo que muitos dos quais, dissidentes do movimento, tiveram seus mandatos cassados e expulsos do país. Por força de ato institucionais arbitrários e totalmente afrontantes à Constituição, que foi reformada conforme interesses dos generais, foram aprovados sob pressão pelo Congresso Nacional, subserviente aos novos comandantes do país, e instalou-se no Brasil uma forte ditadura e num regime de força que a todos atingia e oprimia. O General Castelo Branco manteve-se no cargo até 1967, sendo certo que sofreu forte pressão para permanecer no poder, onde pretendia ficar por pouco tempo e devolver o poder aos civis, no que era contraditado pelos demais generais. O golpe se consolidou nos anos seguintes e a ditadura acabou tomando uma forma autoritária e nacionalista em alto grau, tendo como aliados os Estados Unidos que investiram forças estranhas na república brasileira, agora dirigida por generais e aliados civis. Morreu em circunstâncias bastante estranhas. A dita ‘revolução’, acabou gerando centenas de mortos e outros tantos desaparecidos, ficando clara uma disputa fortíssima pelo poder entre os cinco generais que presidiram o país nos vinte e um anos de arbítrio.
 
Como considerar os 21 anos de ditadura como normal? Foram executadas obras interessantes e úteis pelo dito ‘ governo’? Sim, afinal foram 21 anos e não apenas alguns dias. Alegavam os invasores de República que o país estava sendo atacado pelo comunismo, temor inserido em nosso meio pelos Estados Unidos, fato que nunca ficou comprovado, apesar de várias ações terem se registrado na América do Sul, inclusive no Brasil. A Igreja, como sempre soe acontecer nestes tipos de ação, foi favorável, apesar de muitos sacerdotes terem feito forte oposição ao inusitado regime.
 
Prof. Dr. Antonio Caprio – Historiador – Tanabi.

(DITADURA, NUNCA MAIS)


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