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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A HUMANIDADE E SEUS MEDOS - O ENIGMA DE 2012

A Terra tem 4,5 bilhões de anos. O Universo cerca de 15 bilhões de anos. O tempo foi dividido em eras. Estas eras em períodos e nasceu o antes de Cristo e o depois de Cristo. A história do homem segue igual caminho e denominações. Este ser é o único capaz de mudar a face física do planeta e o faz com super maestria. Temendo a um ser superior criou seus deuses, lendas e mitos. Envolveu-se neles de tal forma que a superstição tomou conta de seu ser. Estas crenças e temores fizeram e fazem do homem um ser frágil e suscetível de sofrer ações das mais variadas formas quanto ao domínio do homem pelo homem.
Seus mitos passaram a tomar corpo e as religiões se valeram deste temor e submissão transformando o homem numa massa de manobras facilmente dirigida, onde o poder divino e o poder temporal se misturam numa poção perigosa e fatal. Charles Darwin teve imensas dificuldades para demonstrar sua teoria evolutiva e a evolução das espécies, inclusive do homem.
O fatalismo impera desde que o homem se tornou num ser pensante. Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? Estas três fases do pensamento humano deram origem aos temores mais profundos e às mais interessantes teorias e crenças, muitas delas mágicas e recheadas de superstição, onde o fatalismo é o ingrediente principal.
A mais moderna e próxima dessas fantasias cujo recheio é a ciência, se volta para o dia 21 de dezembro de 2012, quando o planeta  registrará mudanças em razão do solstício de inverno (verão no hemisfério sul), vez que a cada 26.000 anos ocorre o alinhamento galáctico, quando então o Sol se alinhará com o centro de nossa galáxia – a Via Láctea , gerando repercussões  várias no campo magnético da Terra. Os Maias, povo que viveu na região hoje ocupada pelo México, na América Central, por volta de 250 a 900 a.C., criaram um calendário altamente sofisticado, com início em 3.114 a.C e indo até 21.12.2012, quando então se encerra o quarto ciclo da criação. Nos três anteriores a criação não foi bem sucedida e ao término do quarto ciclo, o único que logrou êxito na criação do homem, tudo será modificado e o próximo ciclo será de paz, harmonia e reestruturação do projeto inicial.
No campo real não há previsões de nenhuma catástrofe momentânea. Não haverá e não tem porque se esperar isto. As mudanças estão em processamento e o ponto mais alto será o citado dia, por mero posicionamento da Terra no seu meio maior que é o Sistema Solar e este por sua vez na Via Láctea e esta no Universo.
Os fatalistas, com extrema habilidade, tomaram dianteira em suas ações, e isto em razão da fragilidade do homem em ser conduzido pelos mais hábeis e espertos. O catastrofismo é cultivado pelo homem desde o primeiro momento em que foi dotado da ‘razão’. Os ‘símbolos satânicos’, os ‘Iluminatis’, a ‘Bíblia’, o ‘Ano do Dragão’, ‘O Fim dos tempos’, ‘O Apocalipse’, o ‘esoterismo’, o ‘anti-cristo’, a ruptura dos continentes, o choque com o planeta X, as tempestades solares são alguns exemplos deste demonstrativo claro do medo que o homem tem do futuro e exatamente porque o homem é o único animal capaz de conhecer as três fases(imaginárias) do tempo: passado,presente e futuro.  Filmes e vídeos geram imensas fortunas para as grandes produtoras de mídia. Arrancam lágrimas da população e uma enxurrada de vantagens.
Neste rol de fatalidades individual e coletiva, surgem  o ‘I Ching – o Livro das Mutações’ ;  ‘As profecias dos Papas’;  o ‘Timewase Zero’, onde os símbolos do I Ching foram transformados em códigos binários e equações prevendo grandes períodos de alterações no planeta; Merlin, o mago da corte do rei Artur; Sybil, o oráculo dos romanos; Delfos, o oráculo da Grécia; Edgard Cayce, o clarividente mais destacado dos norte-americanos e não poderia faltar Nostradamus, o ‘profeta francês’, o mais conhecidos dos ‘videntes’ do planeta. No rol ainda se inclui as Pedras da Guia (Georgia Guidestones), monumento de granito instalado sobre o cume de uma montanha no condado de Elbert, estado norte-americano da Georgia, que contém dez frases em oito idiomas atuais e antigos, indicando uma nova ordem mundial, idéia que está grassando por todo o planeta.
Afirmam estudiosos do tempo que o  período de Jesus Cristo se encerrou com a Era de Peixes. Nasce a nova era coordenada por Saint Germain, figura das mais misteriosas do século XVIII, Senhor dos Sete Raios e da Chama Violeta, a quem caberá o novo destino da humanidade no Plano Físico Cósmico para os próximos dois mil anos.
Para melhor ilustrar a moda destes fanatismos e seus impossíveis acontecimentos, podemos citar a frase que todos conhecem e que pode nos guiar para o entendimento da desnecessidade de tantos mitos e crenças. Veja ela: “De um mil passará, mas, a dois mil não chegará”.
É sabido que a Terra tem 4,5 bilhões de anos e que o homem está no planeta há poucos milhões de anos. O tempo é contado de formas diversas em todo o percurso do homem sobre o planeta. O calendário atual se tornou universal e ainda há povos que contam os anos de forma diferente. Em todos, porém, foram ultrapassados um mil anos, dois mil anos e até mais. A frase fatalista se tornou numa piada. Chegou dois mil e estamos partindo para três mil e tudo está como antes, registrando-se mudanças climáticas, ambientais, físicas e químicas no planeta, num curso natural e constante.
Sem dúvida alguma o dia 21 de dezembro de 2012 estará se transcorrendo como foi o dia 20 e continuará sendo no dia 22. Não acontecerão coisas num estalar de dedos ou de um segundo para outro. O que mudará, e já está mudando desde o momento primeiro da criação do planeta, são suas condições físicas e químicas. Vivemos num meio em constantes alterações provocadas, em sua quase totalidade, pela ação do Sol, fonte e destruição da vida na Terra. O homem está aprendendo a refrear os acontecimentos que ele mesmo provoca com o uso indevido das terras e dos bens naturais do planeta. Isto minimizará as conseqüências negativas para enfrentar a superpopulação do planeta, este sim o mais temerário dos flagelos.
O futuro, criado pelo homem como elemento do tempo, causa a ele, o seleto dominador do mundo, mais males que seu passado, visto que o passado é imutável e o futuro é inquietante, em especial pelo medo da morte que ele sabe ser inevitável. O presente é a transição que deixa o ser humano atordoado e com maior certeza de que, sem o mito, a religião ou a fantasia, ele se iguala ao mais comum dos seres do planeta.
Isto aterroriza o homem!

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