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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

UM DITADOR CHAMADO FIDEL

por Antonio Caprio


Fidel Alejando Castro Ruz , nascido em 13.08.1926, foi o 15º Presidente de Cuba. Ele se insurgiu contra o governo do caudilho Fulgêncio Batista e que pelo que se chamou de Revolução Cubana, caiu em 1º de janeiro de 1959, depois de dois anos e meio de ações nascidas na “Sierra Maestra”. O grupo era dirigido por Fidel e contava com sessenta ‘barbudos’. Assumiu o poder como Presidente do Conselho de Estado da República de Cuba (1976 a 2008). Declara-se comunista. É formado em Direito. Livrou Cuba dos americanos e jogou a ilha nos braços dos soviéticos e depois russos. Agora tenta voltar aos antigos afagos. 

Casado oficialmente com Milá(Mirtá) Diaz-Boulrd e divorciado em 1954, tem uma linha de descendentes que indicam vários filhos com outras mulheres. Sua vida familiar é mantida em absoluto segredo e muito dificilmente se relaciona com eles. O único que detém sua plena confiança é seu meio-irmão Raul Castro. Seu auxiliar direto e mentor do movimento revolucionário foi o médico Ernesto “Che” Guevara, nascido em 14.06.28 e morto em outubro de 1967. Para este tudo valia em nome de seu ‘projeto’ de domínio de forma sanguinária e mercenária, não só com relação a Cuba, mas também com relação a outros países. 

Por questões de saúde Fidel delegou seus poderes a Raul Modesto Castro Ruz em 31.07.2006 como Presidente do Conselho de Estado e depois definitivo, com plenos poderes, em 24.02.2008. Seu vice é Miguel Dias Canel. Tem 3 filhas e um filho. O mundo político se curvou à vontade do ditador Fidel e Cuba permanece presa a um sistema político arcaico, ditatorial, absolutista e com enormes cargas de mortes, perseguições e atrocidades que afrontam sob todas as formas os direitos humanos, sob vários aspectos. Fidel se mantém à margem do poder, mas, é sabido que quem realmente manda é o ditador oficial. Raul é o eterno serviçal do “ imperador” e não se atreve, nem nunca se atreveu, a discutir as ordens emanadas do meio-irmão, chegando, inclusive, a eliminar pessoas não interessantes ao regime de forma pessoal e sem demonstrar nenhum sinal de remorso. 

Fidel tem refúgios secretos como “Cayo Pietra ”, ilha paradisíaca de Fidel que acessa em luxuoso barco, com 27,5 metros, com casco branco, o “Aquarama I ” que é seguido pelo ‘Aquarama II’, também de qualificação altamente luxuosa. A vida privada do ‘comandante’, como gosta de ser chamado, bem como dos sete irmãos e irmãs, é segredo de Estado. A esposa Dália raramente o acompanha, inclusive seu primogênito, Fidelito( 1949), o filho mais velho de Fidel e que está totalmente fora do sistema, inclusive de forma social. A filha Alina, fruto de relacionamento extraconjugal, que vive hoje em Miami, nunca pôs os pés na Ilha. Como exceção, Gabriel Garcia Marques e Antonio Núnes Jiménes foram os únicos que estiveram na casa de Cayo Pedra. 

Nos eventos oficiais quem fazia o papel de primeira dama era a esposa de Raul Castro, Vilma Spín. A esposa oficial, Dáia, nunca aparece. Com a doença de Fidel mais recente (2006) circulava pela cidade carro oficial da Presidência tendo, atrás, sósia de Fidel para dissimular qualquer tipo de doença do ‘comandante’. Esta prática sempre foi adotada por Fidel para confundir seus inimigos políticos e possíveis tentativas de eliminá-lo, que foram muitas. A família de Fidel, na verdade, era sua guarda pessoal, que controlava todos os passos do ‘comandante’. Onde dormiria era segredo. Onde ficaria nas próximas horas, era segredo e assim seguia-se a ‘agenda’ de Fidel, nunca da mesma forma como foi no dia anterior. Tinha e tem medo do mundo. 

Raul, em “Sierra Maestra” mostrou ser de confiança de Fidel. Executou traidores e inimigos de próprio punho, segundo escritores e presidiu pelotões de fuzilamento sem demonstrar qualquer emoção. Raul era de extrema fidelidade a Fidel. O número ‘dois’ se encarregava de assumir os atos de perseguições a inimigos do sistema como Ministro das Forças Armadas Revolucionárias, cargo que ocupou até o ano de 2008. Era sistemático e organizado. Sempre à sombra era sem dúvida uma engrenagem essencial ao sistema, e Fidel sabia disso. O sonho de Fidel era implantar seu sistema em toda a América Latina. Em alguns casos, como a Venezuela, conseguiu. 

Afirmam que Fidel é dono de enorme fortuna. Ele nega e gosta de dizer que se encontrarem algum dinheiro, mesmo que um dólar, em seu nome quem o descobrir será o novo dono dele. Parece que alguns políticos brasileiros parodiam sua afirmação. Fidel garante que o que tem é um salário mensal de novecentos pesos, o que equivale a 25 euros. Fidel pode dispor do que quiser com uma simples ‘canetada’. Cuba é uma espécie de ‘propriedade’ de Fidel. Possui sistema de controle do Poder Judiciário de forma que pode interromper qualquer julgamento em andamento e definir o caminho que deve ser dado à questão. Parece que entre nós caminhamos nesse sentido. Já desde 1960, existe a lei chamada ‘ reserva del comandante’ que garante a subsistência de Fidel e seus familiares ‘ad perpetuum’. Raul é reconhecidamente viciado em álcool. Afirmam seus detratores que ele ‘bebe mais que esponja’. Percebe-se. 

O que causa revolta no mundo é a forma como são bajulados estes ditadores. A título de exemplos, veja o caso da Síria, da Venezuela, da própria Rússia e dos Estados Unidos, com suas ditaduras em exigir de países de terceiro mundo e outros condutas que lhe interessam e dão lucro com a venda descarada de armas. Fidel é cortejado há cinquenta anos e faz o que quer e como quer e agora os EEUU, em 17 de fevereiro de 2014, simulam reaproximação política com interesses meramente comerciais e de exploração clara e pública. Tudo pelo dinheiro, é o programa de todos eles. Quem é o pior? O próprio papa Francisco foi recentemente beijar a mão do ditador e seu fiel escudeiro, mãos que mataram, perseguiram e se fizeram de deus numa ilha destinada ao sofrimento, apesar da propaganda que alguns dedicam à aquele país e seus dominadores.

A vida de Fidel não difere de outros ditadores que usurpam e usurparam o poder pelas armas e por meio delas buscam se manter no comando a qualquer custo. Em muitos casos chegam ao poder pelos votos manipulados e comprados a elevadíssimos custos e pesadas consequências para o povo. Lógico que há benefícios para parte desse povo nestes caminhos tortuosos de ditadores, mas, são tão poucos que se perdem na poeira dos tanques de guerra e a fumaça dos canhões e mísseis e ou barganhas vergonhosas com o Parlamento e seus segmentos políticos. Interessante como deve ser a vida pessoal de cada uma destas criaturas. Como devem dormir? Com o que sonham? Têm medo de que? De quem?

Valerá a pena um ser dito humano viver a vida e trilhar os segundos, minutos, horas, anos nessa linha? Que a verdadeira história nos conte.

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