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quinta-feira, 6 de maio de 2021

O HOMEM E O ANTROPOMORFISMO

 


A Divinização do ser humano deu origem a uma quantidade enorme de religiões e seitas. A própria Gênese Bíblica atribui ao homem tal condição. Na Índia, no Egito, na Grécia, na Ásia, nos impérios Inca, Maia e Asteca, e em muitos outros pontos do planeta, algumas figuras humanas se tornaram num elemento divino e, como tal, com superpoderes entre seus iguais. Todos os imperadores eram elevados à categoria divina. Todos os demais não aceitavam o poder sem que o detentor dele não fosse ‘diferente’ e , além de nobre, divino. A pergunta-mater é: como uma pessoa ter-se-ia elevado a categoria divina? Pelo povo?  Por meio de uma lenda? De um nascimento inusitado?

Diz a lenda, que Manco-Cápac, foi o fundador da primeira dinastia Inca. Ele caminhou, com sua esposa Mama-Oelo, instado por uma força superior, que ele dizia ser o Sol, seu pai, sempre para o norte e só parou quando encontrou a ‘terra prometida’ e ali fincou os alicerces do Império Inca, fundando a cidade de Cuzco. No local encontrou um povo selvagem que vivia em caverna e se alimentava de caça e frutos silvestres, desconhecendo a agricultura. Ele, com uma linguagem fluente, conseguiu impressionar os que o cercavam lhes oferecendo cultura, pão e mel. Logo os selvagens viram nele um rei e um  deus enviado pelo Sol. Em civilizações pré-colombianas nem sempre o rei era divino, mas por suas ações de bravura, acabava sendo distinguido com  este tratamento, e muitos tiveram em seu louvor a construção de templos com corpos sacerdotais que mais ainda lhes elevavam a divindade  perante o povo.

Do Oriente surgiu uma veneranda figura, com barbas longas e brancas e trajando um brilhante manto, radicando-se em local onde hoje é a Colômbia, chamado Bochica e que passou a cuidar do povo em situação de barbáries em alto grau. Em uma ocasião, diante de enorme enchente do rio Funza, que foi controlada por ele, e  que foi qualificada como milagrosa, rendeu-lhe  o título de filho do rei Sol, promovendo no país grandes reformas sociais, políticas e religiosas, inclusive a organização de um calendário. Reza lenda que ele passou cerca de dois mil anos em constante meditação no alto de uma montanha, instituindo entre o povo uma forma de escrita sagrada e uma extensa lista de seres que se tornaram representantes de deuses relacionados com a natureza animal e vegetal, de forma antropomórfica.  Não se tem informações sobre a morte de Bochica.

A ideia de que reis poderiam ser deuses também se arraigou no México, especialmente onde os conquistadores não destruíram os templos. Ser rei não bastava para que o mesmo fosse elevado a uma divindade. Era preciso que o ser apresentasse ou demonstrasse características superiores ao homem comum. No Mexico, dois reis se tornaram deuses e grandes legisladores e civilizadores. Eram eles Itzamma e Kukulman, sendo o primeiro um civilizador maia e o segundo um sábio governador de Chichen-Itzá, que imprimiu grande evolução na vida do povo, em especial no campo social, político e religioso Entre os Incas era mais difícil se alcançar a categoria de deus, mesmo que o líder fosse um rei. Com Cristo se deu o mesmo na região de Israel e Jerusalém

Tanabi, abri de 2021.

Prof.Dr.Antonio Caprio.

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