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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

A GUERRA SULAMERICANA

 




Corria o ano de 1831 e Dom Pedro I abdica ao trono brasileiro. O Filho Dom Pedro II, então com cinco anos fica no país, seguindo-se períodos de regência até que aos quinze anos o então menino se torna Imperador do Brasil. No vizinho Paraguai Solano Lopes, aos dezoito anos se torna general por força do pai. O cenário estava pronto para o conflito mais sangrento da América do Sul. O Paraguai tinha cerca de sessenta mil homens em seu exército e ambicionava uma saída para o mar. Soldados blancos e colorados de digladiavam entre si em busca de um pretenso poder bélico. O Brasil tinha cerca de dezoito mil homens sem treinamentos de guerra. A Bacia Platina era o projeto. Era preciso consolidá-la. Em 1864 Exército paraguaio, tendo à frente Solano Lopes, dá início a um plano de dominação da região e sequestra o governador de Mato Grosso, hoje do Sul, invadindo o Brasil.


Em 1 de maio de 1865 o Brasil reage e recruta forças com a adesão dos “Voluntários da Pátria”. e se associa à Argentina contra o Paraguai. Em 26 de dezembro de 1864 embarcação brasileira navegava pelo rio Paraguai em direção a Cuiabá quando ocorre a invasão de Mato Grosso, hoje do Sul, pelos paraguaios que dura até por volta de 1868. O Brasil havia se posicionado em favor dos colorados e contra os blancos, que eram aliados de Solano Lopes. A razão do antagonismo era os ciúmes das forças entre si. Era o primeiro sinal da guerra mais sangrenta da América do Sul. Solano Lopes encaminha suas forças em direção ao Rio Grande do Sul, para dar apoio aos blancos. Solano invade Corrientes, e isto colocou a Argentina em nível de guerra. Nasce a tríplice Aliança unindo o Brasil, a Argentina e Uruguai. Em 1865 acontece a Batalha do Riachuelo. Advém da crise a maior batalha campal que se tem notícia envolvendo cerca de quarenta mil homens. (Tuiutui). Ocorrem cerca de doze mil mortes. À frente do combate estava o General Osório. O território brasileiro era de difícil acesso dando força às tropas de Solano. Buscou-se um acordo que não aconteceu e acirrou ainda mais o conflito. Dom Pedro II se complicou com seus políticos e favoreceu enormemente o surgimento de notável força em favor da República. O Paraguai estava em vantagem no conflito e rejeitou o acordo. É assassinado o presidente uruguaio, Venâncio Flores em 1868. É deflagrada a batalha de Curupainte que deixa dez mil mortos.


Assume o conflito o brasileiro Duque de Caxias, que reorganiza as forças brasileiras. Em 1868 as tropas brasileiras adentram a capital do Paraguai. Ocorre grandes saques desmoralizando as tropas brasileiras. Caxias se demite. Assume o genro de Dom Pedro II, o Conde D’Eu. Acontece o último conflito – a Batalha de Campo Grande. A cavalaria ataca e persegue Solano Lopes que foge. O conflito se dissolve e deixa um rastro de cerca de setenta mil mortes do lado aliado e afirmam que do lado do Paraguai o número se aproxima de trezentos mil, entre soldados e civis. O Paraguai foi o país que mais sofreu com a guerra. O Brasil, por sua vez, sofreu um duro golpe dos republicanos, acabando por derrubar o II Império, abrindo caminho para a Proclamação da República e o banimento da Família Imperial.


Prof. Dr. Antonio Caprio – Tanabi. Fev/2023.Membro da ACILBRAS – Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil, sucursal de Votuporanga, cadeira 910 e paster-presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico – IHGG – de S.J.R.Preto.

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