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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

A ESCRAVIDÃO E SUAS SOMBRAS



A escravidão gerou fortes conflitos em nosso país. Os africanos fazem parte do Continente Africano. São um povo na África. Os africanos eram e são ligados à religião católica e também aos muçulmanos e ortodoxos. Eram inclusive batizados e a Igreja justificava a escravidão afirmando que os negros escravizados estavam resgatando questões ligadas ao pecado original. Portugal precisava de mão de obra para explorar a nova colônia. O recurso foi lançar mão da escravidão, visto que os portugueses eram poucos, menos de dez por cento da população indígena da nova terra. Os primeiros explorados foram os índios, que não se submetiam aos trabalhos exigidos nos engenhos de cana e depois os negros, que alcançaram o elevado número de dois milhões de almas. Muitos morreram nos navios negreiros no mais vergonhoso comércio aqui usado: o tráfico negreiro. Nas lides, a força jovem agia e os mais envelhecidos, não suportando o trabalho e os castigos, fugiam e seu escondiam em quilombos, que foram vários. Palmares se tornou conhecido, sediado na capitania de Pernambuco em 1597, na Serra da
Barriga. Era o arraial de proteção dos negros escravos fugidos do jugo exploratório português.

Os holandeses chegam ao Brasil e atacam os engenhos portugueses, ocupando o nordeste brasileiro e nele permanecem por mais de vinte anos. Com este conflito, e a confusão gerada, os negros mais idosos e mesmo alguns jovens fogem para os quilombos que se multiplicam. São formados conselhos nos quilombos e nascem vários líderes negros, muitos dos quais, lançando-se na política para mais ainda entornar o caldo do processo de escravidão. A política se revigora e novos caminhos são trilhados pelos negros no Brasil. Portugal decide combater os quilombos e as milícias tomam conta de vários pontos do país. Nascem os acordos com os cacaueiros. A Coroa portuguesa contrata e importa mercenários de vários pontos do mundo. Surgem os mercenários e em 1694 os conflitos se generalizam com grandes quantidades de mortos, de ambos os lados.

Morrem mais de sessenta mil pessoas nos conflitos de raça e de domínio pretendido pela coroa. Segundo estatísticas milhares de pessoas morrem no Brasil por ano e 71% são negros ou pardos. O que começa mal, termina mal. O processo não para e dia a dia Portugal, na linha do tempo, perde força em sua outrora dominada colônia. Tentando salvar alguma coisa deste imenso incêndio social, Portugal prepara novos projetos de dominação e resolve se transferir para a colônia em razão das ameaças francesas. O mundo condena o Brasil por sua política escravagista e as leis do ventre livre, dos sexagenários e outros mecanismos, ainda mais geram conflitos pelas ações negligentes dos fazendeiros decadentes e finalmente a Lei Áurea põe fim ao conflito e gera um maior, qual seja, negros libertos, sem rumo e sem esperanças, acabam por se tornar no maior peso político do II Império, acelerando o fim do domínio português abrindo caminho para a República.


Tanabi. Prof. Dr. Antonio Caprio – historiador.
Membro da ACILBRAS - Academia de Ciências e Letras do Brasil - sucursal de Votuporanga, cadeira 910 e paster-presidente do IHGG - S.J.R.Preto.

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