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quarta-feira, 1 de março de 2023

A TRANSUBSTANCIAÇÃO



A comunhão no meio religioso transcende a uma longa linha do tempo. Nas antigas 'missas' em Jerusalém, a comunidade reunida orava e, em determinado momento, cada um recebia um pedaço pequeno de pão ázimo e o molhava levemente em vinho e, feito isto, comiam em profunda concentração. Correu a linha do tempo e foi 'instituída', segundo os cânones cristãos, a comunhão pela hóstia consagrada e, o sacerdote oficiante do culto, ingere a hóstia usada na celebração e a come com um pouco de vinho que mantém em um cálice especial. Depois, a comunidade toda é servida. Neste momento acredita-se na Transubstanciação, ou seja, na conversão do vinho em sangue de Cristo e o pão, no corpo de Cristo. No mundo cristão-católico, ocorre a Presença Real de Cristo na hóstia e no vinho. Os Luteranos e Calvinistas não acreditam na Transubstanciação e sim na Consubstanciação, ou seja, o pão continua pão e o vinho continua vinho.
 
A Transubstanciação é um dogma que se fundamenta nas passagens pelo Novo Testamento. A Última Ceia retrata exatamente este processo de transformação. É uma questão de fé absoluta. A palavra substância deriva do grego e quer dizer Ousia, ou seja, faz de uma coisa ser ela mesma, ou seja, ser sua essência. A Igreja ensina que na Transubstanciação há uma transformação de uma coisa em outra sem que deixe de ser uma coisa e nem outra. Acontece, segundo o dogma, uma alteração apenas simbólica, virtual como se usa modernamente. A Igreja crê que a mudança da substância realmente ocorre, e na Eucaristia Jesus está realmente presente no pão e no vinho, como se em seu corpo e sua essência divina. A conservação dos elementos consagrados permanece num tabernáculo, após o uso pelos presentes. As sobras ficam no Sacrário (o lugar consagrado a Deus) e são usadas no caso de doentes. Tivemos tribos indígenas que comiam a carne de seus inimigos ou heróis mortos para adquirirem deles sua coragem e valentia. A similitude é realmente assemelhada senão igual. O Quarto Concílio de Latrão (1215 d.C.) defendeu em suas teses básicas a veracidade da doutrina da Transubstanciação como real e própria de atos de cristão católicos em suas cerimônias denominadas missas. O Concílio de Trento, que se realizou de 1545 a 1563, validou, de forma definitiva, a Transubstanciação como ato comunitário, religioso, social e real. O fenômeno ocorre no momento central da cerimônia quando o celebrante realiza o ‘Sacrifício Eucarístico’ e pronuncia solenemente “Este é meu corpo e este é meu sangue que é dado por vós”. Os Ortodoxos, por sua vez, crendo na Transmutação, no momento da ‘epiclese’, pronuncia as palavras solenes invocando o Espírito Santo sobre as oferendas(pão e vinho) e ai se dá o ‘Mistério da Fé ’. O catecismo da Igreja Católica prescreve solenemente: ‘O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único Sacrifício’.

Prof. Dr. Antonio Caprio. Tanabi.SP
Membro da Acilbras – Academia de Ciências e Letras do Brasil. Sucursal de Votuporanga, cadeira 910, e paster-presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico – IHGG – de S.J.R.Preto.


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