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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

COPAS – PROBLEMAS OU DIVERSÃO?



A competição internacional de futebol teve início em 1928, quando na França foi criada a FIFA – Federation International of Football Association. Sua primeira edição foi em 1930, no Uruguai.

O Brasil participou de todas as edições da Copa da FIFA. Venceu cinco vezes o campeonato. Em 1970 ficou com a taça Jules Rimet( um dos criadores do futebol e da Fifa) por ter ganho três campeonatos. Era representação da deusa grega Nice, com asas estilizadas, base de mármore branco, com 30 centímetros de altura, 3,8 quilogramas de ouro puro e um peso total de 4 quilogramas. Custou na época( 1928) cinquenta mil francos.

O Brasil se tornou campeão por 5 vezes, a Itália 4, a Alemanha 3, o Uruguai e Argentina 2 e a França, atual campeã, uma . A Alemanha participou de 99 jogos, o Brasil 97, a Itália 80, a Argentina 70 e a Inglaterra 59 jogos. Refiro-me à copa anterior.

A ideia inicial era a de levar entre os povos do mundo mensagens de paz e colaboração mútua entre os países através do futebol. Agora criaram a categoria feminina e os cofres se enchem, a cada vez mais, de muito dinheiro. O esporte, representado pelo futebol, seria o elo de ligação entre todos os povos do planeta. A saúde, a força e a beleza seriam os troféus máximos que se cultivaria no evento. Vendem-se passes de jogadores como altíssima moeda internacional . Os jogadores, por sua vez, mudam de camisa como mudam de cueca.

Passaram-se os anos e a FIFA (e derivadas), tornou-se num órgão de poder espetacular, não só na área política como de maneira geral, gerindo todas as administrações das copas com mão-de-ferro e assumindo total e completa posse em todas as decisões. Os países que participam e sediam as copas, têm o compromisso de montar uma enorme malha de estádios (hoje chamados de arenas), criar mecanismos de acesso por todos os meios possíveis, em especial aéreos, garantir a segurança dos atletas e dos participantes em geral e custeando grande parte das despesas operacionais. O lucro e a exploração comercial de sua marca cobre praticamente todo o planeta. Como subproduto ai estão as torcidas organizadas com registros de mortes e alto grau de agressividade.

O futebol-arte, como os brasileiros souberam cultivar, já não é mais o mesmo. Se tornou num grande negócio com enormes fortunas circulando à venda de passes, em um comércio obscuro e poderoso. Os cartolas assumiram o futebol e ele se converteu numa formidável fonte de renda para um seleto grupo de jogadores, técnicos e grandes empresas que agem transformando o futebol numa espetacular forma de riqueza, ostentação e poder.

Estes estádios têm elevado custo de manutenção. São verdadeiros elefantes-brancos depois da copa. Que benefícios trazem à população. Servem a interesses de times e cartolas, criando um rol de campeonatos que rendem milhões em cada temporada. Valeria a pena tamanho esforço para cumprir este tipo de evento sacrificando outros pontos de alto interesse nacional como a saúde, a educação e a segurança?

A complexidade do evento é tão grande hoje que a FIFA tem mais poder político e administrativo do que qualquer outra organização mundial. As contrapartidas por parte dela são mínimas e o lucro da entidade é fantástico.

Todo empreendimento tende a crescer, e crescendo torna-se de difícil controle e esta falta de controle leva a novos crescimentos e o processo torna-se semelhante a um tumor que pode causar sérios danos àqueles que não conseguem se livrar de suas malhas ou domínio. Daí a pergunta que serve de título a esta crônica: Copa, copinha ou como quer que chamem - são geratrizes de problemas ou diversão?

Prof. Dr. Antonio Caprio - Tanabi-sp- Ex-presidente do IHGG/ Rio Preto e atual Conselheiro e membro da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil - ACILBRAS, Sucursal de Votuporanga-sp, cadeira 910.

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