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terça-feira, 17 de setembro de 2024

O BRASIL E A SECA




A seca no Brasil não é simplesmente a falta de chuvas, apesar de estarmos vivenciando a maior seca em setenta anos. O fenômeno vivido no país se alicerça em vários pilares da Natureza que são: 1) oscilações naturais como o El Nino, segundo a "Southerm Oscilation", responsável pela variação climática que causa períodos longos períodos de seca, e 2) a "Oscilação Multidecadal do Atlântico", influenciadora dos níveis de precipitação levando a mudanças climáticas oriundas do aquecimento global, fator de grande força na estiagem vivida no Brasil e parte do mundo, os quais exercem importantes papéis na mudança climática causadas pela espécie humana. Níveis de rios se alteram, a quantidade de oxigênio no ar se altera, o setor agropecuário tem alto comprometimento de suas áreas de produção e as queimadas, naturais ou causadas pelo homem, com estragos que a Natureza demora muito para se refazer ou não o fará, desastrosamente.
O alerta vermelho se anuncia em razão do aumento da temperatura da superfície do mar no Oceano Atlântico, muito acima da média natural, com sérios problemas com relação ao retardamento da chegada das chuvas, elevando ainda mais o nível das secas. O homem não controla a Natureza, mas massacra seus caminhos. Medidas urgentes devem ser adotadas por todos os níveis de governo em ação conjunta, integrada e de elevado nível, inclusive do setor privado e a própria sociedade civil que se torna numa estratégia crucial para minimizar o sério problema da seca, que gera reflexos de várias naturezas em todos os setores da atividade humana. O alerta é emitido porque em anos anteriores a seca não era de natureza territorial como está sendo em 2024.
Na região Sudeste e Centro-Oeste tudo começou com pouca chuva tornando o solo de pouca umidade com chuvas de pouca intensidade. Chegando o período de estiagem, o solo já seco, teve sua constituição com pouca ou quase nenhuma umidade, com a superfície e pequenas formações de mata, em especial o cerrado e o cerradinho, de fácil combustão gerando queimadas, e destas, incêndios de grande monta, alcançando, inclusive, matas de pequeno e grande porte. O fato alcançou a região Amazônica e norte do país. Neste ano de 2024, o Brasil todo acabou se tornando numa fogueira de enorme dimensão e com profundos estragos na Natureza.
É caótica a situação na faixa norte do Paraná, do Estado de São Paulo, Minas
Gerais e todos os estados do Centro-Oeste e Distrito Federal, bem como no interior do Nordeste, Tocantins, sul do |Paranás, Acre e Rondônia, onde há mais de 120 dias não chove. Isto repercute no preço das mercadorias e gêneros alimentícios em todos os centros produtores. É inevitável a falta de produtos normais e de qualidade, alcançados pela falta de água em seus períodos de germinação e crescimento. Só há expectativas de melhora a partir de novembro, dizem os especialistas. Só a partir de janeiro e fevereiro de 2025 é que as chuvas alcancem níveis melhores ou normais. O Sul do Brasil deverá registrar elevado nível de seca e no norte e centro-oeste, o oposto. O quadro de normalidade no Brasil, em razão de sua imensa área territorial, deverá ser o mais estranho possível e, é possível, que os pesquisadores do clima e das estações do ano tenham de repensar seriamente diante das mudanças que teremos a partir de 2025.
Prof. Dr. Antonio Caprio – Pesquisador – Tanabi- sp.

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