
O principal responsável pelo doloroso processo de independência do Brasil da corte Portuguesa foi Pedro de Alcântara Francisco Antonio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon – nosso Dom Pedro, nascido em Queluz, Portugal e morto em 24 de setembro de 1834, também em Queluz, Portugal. As peças impulsionadoras do processo de independência tiveram os importantes papéis da imperatriz Dona Maria Leopoldina, arquiduquesa da Áustria, esposa de Pedro (1817 a 1826) e José Bonifácio de Andrada e Silva, nascido em 13 de junho em 1763 e falecido em 06 de abril de 1838, em Niterói, Rio de Janeiro, um dos principais arquitetos da independência.
O processo de independência, que completa neste ano 202 anos, foi doloroso e causou enormes reações, tanto no Brasil como em Portugal e demais países da Europa, inclusive na Áustria. A elite econômica no sudeste do Brasil não aceitava o andamento do processo de independência desejado por Bonifácio, Leopoldina e grande parte da corte brasileira. Na Bahia, Maranhão, Pará e na Cisplatina, atual Uruguai, movimentos contrários se repetiram até 1824, mas, foram todos sufocados pelas forças de Dom Pedro I Em 1822 a idéia separatista já tomava conta de grande parte do território nacional e do corpo político do país, com frágil resistência de alguns portugueses.
Dom Pedro, como Regente do Brasil, já não suportava a pressão portuguesa e as ameaças de anulação de todos os atos do Regente Pedro, iminente e constantemente repetidas, fez de Dom Pedro um propositor da separação, lembrando-se da fala de seu pai, Dom João VI, que afirmou ao voltar para Portugal: “Pedro, antes que algum aventureiro o faça, toma para si a coroa e a coloque em sua cabeça”. O incentivo da princesa Leopoldina, de José Bonifácio e da Maçonaria e dos brasileiros natos ecoava na cabeça do jovem regente em tempo integral.
Em viagem a São Paulo, nas margens do riacho Ipiranga, em viagem para o solar da Marquesa de Santos, sua amante predileta, o Regente recebeu carta de Leopoldina e Bonifácio alertando que Portugal determinou a volta do príncipe para Portugal tornando sem efeito toda sua autoridade no Brasil. Dom Pedro, afirmam alguns historiadores e com fato não comprovado, em frenético estado de fúria, gritou que, a partir daquele momento o Brasil já não era dependente de Portugal, escolhendo o caminho da independência. Era o dia 7 de setembro de 1822. A este ato, seguiram-se várias tentativas de Portugal em novamente tornar o Brasil mera colônia portuguesa e não mais o Reino Unido como declarou Dom João VI.
Forças diplomáticas conseguiram que Portugal, em 1824, reconhecesse a independência do Brasil, mas cobrou 2 milhões de libras como indenização, e as forças jurídicas brasileiras tornaram o Brasil numa Monarquia e Dom Pedro foi aclamado e coroado como Imperador do Brasil e a partir de 1822, passando a ostentar o título de Dom Pedro I – Imperador e defensor perpétuo do Brasil. Disto, o Brasil surgiu no concerto geral das nações como país independente e foi iniciada a construção da nacionalidade brasileira.
E ainda hoje se pergunta: O Brasil é independente?
Prof. Dr. Antonio Caprio- Tanabi - set/ 2024 - escritor e historiador.
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