Vivemos momentos difíceis com o fenômeno ‘queimadas’. E o que seriam elas? São atos de incendiar terrenos, normalmente, para limpar o solo de um quintal, ou de áreas maiores para servir para a agricultura, ou mesmo a pecuária. Estes processos podem ser naturais ou provocados por seres humanos, podendo alcançar grandes extensões se com ventos fortes onde faíscas voam pelos ares e vão se tornando rastilhos para grandes incêndios. Elas podem ter finalidades de desmatamento, perda de biodiversidade, erosão do solo, limpeza do solo e preparo para o plantio e várias outras propostas dentro da agricultura, seja ela de pequeno ou grande porte. Apresentam consequências ruins como o aquecimento global, problemas de saúde, em especial respiratórios voltados às crianças e idosos e perda da biodiversidade.
Quando as queimadas fogem do controle, se tornam incêndios, com grandes repercussões na fauna e na flora. Animais são alcançados, ninhos, filhotes e mesmo animais adultos como vacas, bois, aves e outros tipos. Plantas resistentes podem brotar depois do incêndio, mas muitas não, inclusive árvores de pequeno e médio porte. É realmente um fenômeno contrário à vida pela natureza própria da combustão. No Brasil, a região nordeste, pela característica de seus vegetais, é a que registra maior índice de ocorrência de queimadas, em especial entre os meses de janeiro a outubro. Já na região Centro-Oeste, os meses mais críticos são de julho a outubro, e isto pela extensão territorial do país.
O Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) e o Ministério do Meio Ambiente (Instituições Governamentais) são responsáveis pelo monitoramento e controle das queimadas no país, mas, em razão da extensão territorial e ambiente seco, em decorrência do período sem chuvas que já registra cerca de quatro meses, pouco se pode fazer, somados aos causadores humanos que parecem brotar por todos os rincões brasileiros, com grande destruição na Amazônia, no Brasil central, nordeste sudeste e sul brasileiros. As atividades econômicas, ligadas à agropecuária, com o consequente avanço do desmatamento e a ampliação das áreas de pastagem são problemas de difícil combate objetivando o controle das queimadas e incêndios.
Áreas como os biomas da Amazônia, Pantanal e Cerrado, nos pontos como o Parque Nacional dos Veadeiros|(GO), o Parque Nacional das Emas (MT e GO), a Chapada Diamantina (BA) e o Pantanal (MT e MS), são os locais mais atingidos, de difícil acesso dos brigadistas com destruição, não só das matas, como dos insetos, aves em estado de extinção, animais de pequeno e grande porte e a vida, de forma geral, inclusive alguns redutos de moradores humanos. São milhares de Km2 de áreas destruídas, maiores do que as áreas de estados do Rio de Janeiro e São Paulo, juntos. Não só o Brasil tem sofrido com as ações de queimadas, propositais ou não. Territórios australianos e nos Estados Unidos da América e porções da parte central e sul da África, também têm perdas patrimoniais irreparáveis, inclusive de residências e propriedades urbanas, além da biodiversidade natural. Urge que sejam criadas penalidades legais que realmente funcionem, sob vários aspectos e amplitude e minimizados sejam tais ocorrências para o bem da própria humanidade como um todo.
O planeta Terra existiu antes e existirá depois da vida.
E o ser humano?
Prof. Dr. Antonio Caprio – Tanabi – Ambientalista.
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