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quarta-feira, 29 de abril de 2009

SEM EDUCAÇÃO, PARA ONDE VAMOS?

A Humanidade só existe em razão da educação transmitida, séculos a fio, de pessoa a pessoa, sejam quais forem os instrumentos ou ferramentas. A cultura é específica de cada povo, de cada agrupamento sociológico e se remonta de forma contínua na linha do tempo. Humanidade e cultura se associam de forma inseparável, parecendo paralelas geométricas onde desvios não são aceitos nem podem existir sem o perigo de se comprometer todo o sistema.
Educação é uma outra história. É uma atividade humana que necessita da cultura para se alçar e progredir, continuamente, não se admitindo curvas ou retrocessos. Deve ser uma linha perpétua, contínua, evolutiva, envolvente, cuidadosa e seletiva, embora não se destine a nenhuma pessoa isoladamente e ao mesmo tempo ao cidadão como exemplar único de um grupo social, seja ele diminuto ou todo o povo de um território, agregado e ligado à população do mundo.
Educação é, portanto, um legado, uma herança e como tal deve ser aprimorada, cuidada, trabalhada de forma a que as gerações futuras sejam parte integrante e ativa dos elos de ligação que há séculos se interligam e formam todo um processo evolutivo-educacional.
Cultura e educação se diferenciam em muitos aspectos. Uma e outra podem se manifestar de forma separada, estanque e ao mesmo tempo podem se unir e, segundo a regra das paralelas, caminharem juntas com mais força, mais intensidade, mais resultados, e de forma uníssona, escreverem o futuro de um povo, de um pais.
Evoluímos, entendendo que a involução é impossível, em qualquer situação ou processo. E na educação, o que dizer da fase atual que atravessam nossas escolas brasileiras?  O que dizer do aluno apático, sem propósitos ou sonhos, sem estímulos em buscar conhecer e cultivar a sua cultura, a cultura de seu povo e a educação como um legado que pode ajudá-lo a alcançar degraus significativos na sociedade humana onde ele está inserido? O que dizer fazer e pensar com relação a nossos professores, em todos os graus de ensino e mais diretamente aos militantes no ensino fundamental?
A China deposita basicamente no ensino fundamental toda sua força que advém de seu passado, de sua cultura, de seu respeito para com o conhecimento, mola propulsora do mundo moderno. O professor é o único que não precisa reverenciar o Imperador. O professor é o mestre, é o condutor das linhas da cultura e da educação. É o guardião do passado, o administrador do presente e o gerador do futuro.
O Brasil é um país ‘jovem’, mas velho o suficiente para pensar seriamente em sua cultura e na educação de seu povo. Fomos ‘descobertos’ em 1500. Os Estados Unidos formados em 1492. Tomados estes dados como exemplos, por que tanta diferença entre os dois povos. Não creio que as dificuldades de ambos sejam histórica, social e economicamente, muito diferentes embora com algumas variações.
Esta ação de dar migalhas para mitigar a fome sem ensinar a pescar vai acabar com o que de pouco temos no campo da cultura e transformar a educação num mero passatempo escolar cuja atração é, ainda, a merenda escolar e em breve um pólo de revoltas e agressões, como já se vê em inúmeros estabelecimentos escolares, onde os direitos são muitos e os deveres e obrigações, poucos ou quase nenhum.
Houve tempo que bolsa era um equipamento para guardar livros e cadernos para estudo. Hoje, é sinônimo de pouco ou nada fazer em troca de migalhas do poder reinante. Os governos escondem nas bolsas os problemas que, se somando-se, explodirão, com certeza, uma hora ou outra.
Alerta, brasileiros.

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