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terça-feira, 17 de agosto de 2021

VITALISMO

 



Sempre defini vida como sendo “ o princípio que anima a matéria”. Os vitalistas defendem a tese de que os organismos vivos são, de forma fundamental, diferentes dos objetos inanimados. Já desde o século XVIII e ainda no início do século XIX, cientistas ‘esquentavam’ a cabeça para explicar o que é a vida. A Filosofia entrou, também, na discussão e Bergson (1859-1941)  era oposicionista do pensamento materialista e mecanicista. Entendia ele que existe na natureza  uma força vital em todos os processos vivos. O vitalismo encontra resistências desde o início do século XX, e a Ciência  refuta seus pilares enquadrando o assunto no campo da religião, mas encontra, ainda hoje, fortes correntes defensoras de suas teses.

Os vitalistas afirmam que a vida orgânica é uma manifestação do princípio espiritual superior, oriundo da contraparte não material do corpo físico dos seres orgânicos vivos, como escreveu Paulo de Castro em seu livro “O segredo das origens” (2010), p.85. O princípio da vida vitalista se alicerça na ‘energia vital’, ‘impulso vital’, e até o velho conceito de ‘alma’ ou ‘espírito’. O ser humano, como os demais seres vivos, são estruturados por dois princípios básicos: o energético e o material. A parte material extraímos do meio ambiente por meio de moléculas constituídas de átomos e da parte energética auferimos por intervenção da genética, das emoções, dos pensamentos, que sinteticamente podemos chamar de espírito, da alma, força vital, força cerebral irradiante, força psíquica, fogo vital, força psíquica e muitos outros adjetivos criados por ilustres nomes da ciência, no passado e no presente.


Sabemos, de há muito tempo, que a luz é uma espécie de matéria em estado especial e que a ‘solidificação’ da luz se converte em matéria. A Ciência ainda entende que um corpo físico ( seja de que estado for), não pode ultrapassar a velocidade da luz, já havendo experimentos que afirmam o contrário. As teorias do antiátomo e do antiuniverso estão ensaiando ocupar espaços nos campos mais variados dos estudos humanos de alta densidade. Lao Tse, ainda no século VII a.C inseriu no mundo filosófico a questão da dualidade da matéria – o Tao – onde as duas qualidades opostas e harmônicas  coexistem, se interpenetram. Pietro Ubaldi trabalhou na questão da lei dos binários e a dualidade da matéria é questão aberta, onde o vitalismo ocupa seus espaços e complica ainda mais o ‘ meio de campo’ no que diz respeito à vida.

O misticismo e a física admitem inúmeras dimensões para o universo resultando no pensamento do ‘universo paralelo’, onde frequências diferentes têm como ingredientes básicos a matéria, tão desconhecida, ainda hoje, como no tempo em que o homem começou a admitir sua existência. Garantem, os mais evoluídos, que somos seres tridimensionais vivendo numa moto-contínua chamada tempo-espaço sendo nosso corpo uma máquina 3D. Buscam comprovar que somos 99,998% de energia e 0,002% de matéria. Uma múmia egípcia pode servir como prova disso e o vitalismo se materializa de forma  clara neste processo todo. Os conceitos tempo-espaço são puramente mentais. A pergunta que estremece o mundo vitalimista e físico é: existem muitos mundos ou haverá um só? A Biologia molecular já trilhou e trilha por progressos notáveis contando com a engenharia genética de forma espetacular, mas  não explicam a vida, apenas e tão somente a definem  como um complexo químico que, estranhamente, se multiplica, mas não como realmente foi originada. A vida continua a ser a mais estranha de todas as manifestações que compõem o planeta Terra. O vitalismo, está, como sempre esteve, à espera de explicações que convençam e sejam comprovados. A vida é o grande mistério deste planeta e quiçá, do Universo.

Prof. Dr.  Antonio Caprio – Tanabi – agosto 2021. 

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